A torcida respondeu com vaias. Sete rodadas sem vitória no Brasileirão enfureceram o torcedor colorado que cobrou. Protestou. Gritou contra o presidente Vitorio Piffero. Mais de 31 mil fãs foram saudar a estreia de Paulo Roberto Falcão. Dizer que estavam ao lado do time, sem ligar para a forte crise. São cinco derrotas consecutivas na maior competição do Brasil.
Outra derrota no Beira-Rio, desta vez para o Palmeiras, 1 a 0, mostrou que os problemas do Inter não moravam apenas no comando técnico de Argel. O grupo é carente, talvez um dos mais fracos desde o começo da década passada. A apatia de Vitinho incomoda. A má fase de Sasha surpreende. A ineficiência de Fernando Bob é real. A falta de um lateral é fato.
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Falcão assumiu na semana passada. Treinadores não fazem milagres. Precisam de tempo. Ao enfrentar o melhor time do país, líder do Brasileirão desde a nona rodada, o Inter sentiu a diferença. O adversário é mais qualificado, exibe bons jogadores e um técnico top. Gerou quatro chances de gol no primeiro tempo. Fez um. Exibiu um jogador que está bem cima da média, o atacante Gabriel Jesus.
Com um segundo tempo superior, graças a entrada de Valdívia, o Inter se impôs, ganhou terreno, teve posse de bola e a atacou. Mas o goleiro Fernando Prass não passou trabalho algum. Falta articulação. Falta força ofensiva. Falta quem tente o gol.
Aos 44 minutos, o centroavante Ariel foi empurrado por Zé Roberto na entrada da grande área palmeirense. Pênalti de concurso! O goiano André Luiz de Freitas Castro não marcou. Foi seu grande erro. Evitou o lance que poderia ser o gol do empate. Não que o Inter merecesse.
Falcão terá mais trabalho do que imaginava quando disse ok aos dirigentes colorados. No próximo domingo, às 11h, visitará a Ponte Preta em Campinas. A Ponte foi goleada pelo Santos, no sábado, mas faz um competente brasileirão.