A terceira escolha de técnico para comandar o Inter na atual gestão de Vitorio Piffero tem perfil definido: experiente e brasileiro. Depois de apostar em um estrangeiro no início do ano passado, Diego Aguirre, e de dar sequência com um "sanguíneo emergente", Argel, os dirigentes colorados apostam em alguém com mais bagagem para comandar o time pelo menos até o fim de 2016. Mesmo que ninguém confirme publicamente, Mano Menezes é o nome preferido, mas pendengas importantes ainda impedem qualquer tipo de anúncio.
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Entre as pontas que precisam ser amarradas estão o tempo de contrato e o relacionamento com o presidente. O ex-técnico da Seleção deseja assinar por mais de dois anos. Como o mandato de Piffero se encerra em dezembro, precisaria ter um acordo com outros eventuais candidatos, mas uma derrota nas eleições seria um agravante. Já o bate-boca público entre Mano e Piffero, no ano passado – Piffero disse que Mano não era técnico para o Inter, Mano afirmou que não trabalharia com Piffero pois "um técnico precisa de confiança do presidente" –, o outro entrave, está sendo superado com ajuda de conselheiros e amigos de ambos.
A questão financeira, segundo o vice de futebol Carlos Pellegrini, "não é um problema".
– Precisamos de um treinador que consiga reconduzir este grupo extremamente jovem, que tem muita competência e que sabemos que pode render bem mais – disse.
A assessoria de Mano Menezes informou que o técnico não se manifestaria sobre especulações. O treinador está em Porto Alegre, onde tem residência, e deve permanecer na cidade pelo menos até quarta-feira.
Outro perfil semelhante ao de Mano, na avaliação da direção, é o de Abel Braga. O campeão mundial de 2006 está no Brasil e não acertou com o Flamengo há pouco mais de um mês. Tem portas abertas no Inter, mas não desejaria voltar com a atual direção. A mágoa de não ter sido procurado para renovar contrato entre 2014 e 2015, após reconduzir a equipe à Libertadores, ainda pesa.
Ainda nesta toada de treinadores consagrados, Vanderlei Luxemburgo tem simpatia de Piffero, mas rejeição de outros dirigentes. Livre para negociar após ser demitido do Tianjin Quanjian, procurou pessoas em Porto Alegre para "informar sobre sua situação". Depois de ter sido lateral-esquerdo da equipe nos anos 1970, nunca escondeu o desejo de trabalhar também como técnico da equipe.
Há outros nomes ventilados no Beira-Rio, estes com perfis um pouco diferentes, menos consagrados, ainda que experientes. E, nestes casos, aceitariam trabalhar até o fim do ano.
Antônio Carlos Zago, atualmente no Juventude, é um profissional que goza de bom prestígio. Um dos poucos brasileiros a ter licença Uefa – que lhe permite trabalhar em qualquer clube europeu –, está sob contrato no time caxiense. Porém, seu acordo com os dirigentes permite a saída gratuita em caso de propostas superiores. Recentemente, rejeitou duas ofertas de times da Série A e três da Série B nacional.
Guto Ferreira, que deixou a Chapecoense para treinar o Bahia, tem boa reputação entre os dirigentes.
Comandante nas últimas rodadas do vice-campeonato colorado de 2009, Mário Sérgio afirmou, à Rádio Gaúcha, não ter sido procurado, mas garantiu estar acompanhando a equipe.
Ainda que evite falar em data para escolher o novo técnico, há pressa. Ontem, um grupo de torcedores tentou agredir jogadores no desembarque da delegação no aeroporto. O ônibus foi chutado e objetos foram arremessados.
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