A direção do Inter não tem uma clara definição do modelo de futebol mais adequado para o seu próprio elenco. Argel Fucks e Paulo Roberto Falcão são técnicos com conceitos distintos.
O primeiro é adepto do jogo de rebote, com menos posse de bola, muito cruzamento para a área e ligação direta até na saída pelos lados. Falcão é o oposto. É dele uma boa frase, a de que o balão para frente não passa de uma ilusão de 10 segundos: a bola, pode apostar, vai voltar.
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O ídolo que retorna cinco anos depois não é adepto do chamado jogo de primeira e segunda bola enquanto regra. Nada de quebrar lá na frente, no centroavante, e apostar no rebote na linha logo atrás, para arrematar ou atacar
a partir deste ponto.
Falcão entende que, para isso, não precisa técnico à beira do campo. Nesse sentido conceitual, ele tem mais a ver com as características do atual grupo de jogadores do Beira-Rio do que seu antecessor. O que pode ser bom.
BOLA NO CHÃO – Vitinho, Andrigo, Sasha, Valdívia, Seijas, quem sabe Nico López, William: todos são de toque. Rodrigo Dourado tem imposição física e altura, mas suas maiores virtudes são o passe e o desarme sem falta.
O jogo meramente aéreo não lhes interessa. Nesta quarta, Falcão parou o treino na primeira ligação direta de Paulão. Transformar suas boas ideias em prática, traduzindo-as em um time com identidade própria, de bola no chão: eis o grande desafio, e ele sabe disso.
Só que o tempo joga contra. Domingo já é o Palmeiras. Não se pode exigir mudança da água para o vinho como se fosse mágica.
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