A preocupação após a estreia de Falcão se acentuou com a fraca atuação do Inter diante da Ponte Preta, mas há uma diferença essencial entre os dois desempenhos: contra o Palmeiras, o time ao menos tentou colocar em prática o que prega seu novo comandante. Esbarrou na falta de organização, algo normal para o início de trabalho. Em Campinas, a história foi diferente.
Há uma estatística que mostra como o Inter negou os conceitos de seu técnico no Moisés Lucarelli. Foram apenas 239 passes trocados, segundo pior número da equipe em todo o Brasileirão – diante do Coritiba, o Inter completou 190 passes. É justamente a aproximação para tabelas e trocas de passes curtos que formam a base da filosofia de futebol de Falcão.
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Já foi uma mudança arriscada contratar um treinador com ideias opostas ao antecessor em meio à temporada. O tempo é escasso para que o novo comandante implemente suas ideias.
Atuações como a de domingo retardam ainda mais esse processo, já que reproduzem o modelo descartado pela direção quando demitiu Argel.
* Diário Gaúcho