Eduardo Sasha retorna ao time do Inter nesta quinta-feira, no confronto com o Atlético-MG. Ele joga, Vitinho também, e Aylon deixa a equipe, uma decisão que muitos classificaram como injusta diante da atuação decisiva que teve contra o América. Mesmo que seus gols tenham garantido os três pontos, ainda é cedo para Aylon ser um titular de Argel.
A saída de Sasha do time nem deveria ser cogitada. É um jogador decisivo nas partes técnica e tática. Finaliza bem, movimenta-se com intensidade e tem passe correto. Além disso, cumpre todas as funções de um jogador de flanco moderno: acompanha o lateral adversário, busca a linha de fundo e também corta em diagonal, procurando infiltrar na área para finalizar. Não há, no grupo de jogadores, uma peça semelhante.
Leia mais
Wianey Carlet: será que Alex vai seguir no time titular do Inter?
Marcelo Gonzatto: "Hora de deixar a corneta em casa"
Diogo Olivier: um grande ídolo forrado de títulos volta ao Inter
Vitinho, por sua capacidade de improviso e decisão, também é essencial. Seu drible quebra a marcação e os perigosos arremates de média e longa distância são preciosos, especialmente para um time que tem dificuldades para penetrar na defesa adversária.
Dos homens de frente, restaria apenas Gustavo Ferrareis para sair em um possível ingresso de Aylon – até porque o centroavante não teria condições de cumprir a função de Alex. Ocupante do lado direito do meio-campo no 4-2-3-1, Ferrareis tem características bem diferentes das de Aylon. Sai da direita para aproximar-se de Alex e ajudar na circulação da bola. Em uma equipe que peca pelo excesso de cruzamentos, seria temerário sacar uma peça de articulação para inserir mais um jogador que corre para a área à espera da bola alta.
O aporte que Aylon dá à equipe como reserva é muito mais interessante. Pode ingressar ao lado de Sasha e Vitinho, formando um ataque móvel, capaz de promover trocas de posições que confundam a marcação. É, também, alternativa em uma pressão final que insista na bola aérea para reverter um resultado desfavorável.
O time titular, porém, tem de ter um equilíbrio de características, uma espécie de quebra-cabeças em que a junção de muitas peças iguais não leva a lugar algum. O Inter precisa alternar jogadores com qualidades de articulação e de finalização. Aglomerar atacantes, mesmo que estejam em boa fase, não é o caminho. Por isso, Argel acerta ao devolver Aylon ao banco diante do Galo.
Acompanhe o Inter no Colorado ZH. Baixe o aplicativo:
*ZHESPORTES