Conta Sófocles em Édipo Rei, que uma esfinge com corpo de leão e cabeça de mulher, vigiava nas imediações de Tebas e costumava propor a cada viajante que se dirigisse à cidade o seguinte enigma: que criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois, e à tarde tem três? Quem não respondesse corretamente era devorado pela besta. Até que apareceu quem a derrotaria. Depois de matar o próprio pai, Édipo viajava para Tebas quando se deparou com a Esfinge que lhe repetiu o enigma.
Édipo pensou respondeu: “É o homem que na manhã da vida (infância) engatinha com pés e mãos; ao meio-dia (na fase adulta) anda sobre dois pés; e à tarde (velhice) necessita das duas pernas e o apoio de uma bengala”. Na mosca.
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O restante da história não vem ao caso. No Beira-Rio, mora Anderson de Tebas. O enigma que ele propõe é este: “Serei craque ou um perna-de-pau”? Até agora, quem tentou responder errou e foi devorado pela esfinge de chuteiras. Você, que está lendo este texto, conhece a resposta?
Perguntas
Jogando sempre o que jogou na etapa final do jogo contra o Brasil, Anderson seria um dos maiores jogadores do futebol brasileiro e, certamente, seria lembrado para a Seleção Brasileira. A realidade, contudo, colide com esta situação ideal. De melhor jogador da partida, quinta-feira, Anderson poderá ser o pior no domingo. E nos jogos seguintes. Vitorio Piffero denunciou que a imprensa persegue Anderson. Está enganado o presidente do Inter.
Após o confronto com o Brasil, o jogador foi soterrado de elogios e louvações, como já acontecera em poucos jogos anteriores. Mas, quando o seu desempenho é comprometedor, Anderson é criticado, como qualquer profissional. Pifero não sabe, mas para o jornalista esportivo, elogiar é muito mais agradável do que recriminar. Se soubesse, não falaria em perseguição.
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