
Foi triste assistir à partida do Inter contra o Fluminense na inédita semifinal da Primeira Liga na noite desta quarta-feira. Não pela desclassificação, mas pelo futebol indigente demonstrado pela equipe no Estádio Mané Garrincha – o mesmo futebol, aliás, apresentado nos últimos tempos contra equipes ainda mais fracas do que esse Fluminense pouco inspirado.
A verdade é que as gestões de Giovanni Luigi e Vitorio Piffero apequenaram o futebol do Colorado a ponto de, em alguns momentos como agora, não ser mais visível a olho nu. Foi reduzido a pó.
O jogo desta quarta foi ainda mais preocupante do que as mais recentes jornadas do time – e olha que temos aí empates contra Lajeadense e São Paulo de Rio Grande. Afinal de contas, era uma decisão, mas a equipe do primeiro tempo, cadenciada pelo ritmo sonolento de Alex e Anderson (que meio-campo era esse, complementado por Silva e Fabinho, depois Marquinhos?) parecia disputar um amistoso. Achou um gol, sofreu o empate, a virada e poderia ter levado mais gols.
A zaga formada por Ernando e Jackson deve ser a dupla menos sanguínea a defender a área do Inter nos últimos anos. Jackson, por sinal, bateu seu pênalti com a mesma vontade com que não marcou os adversários nos dois gols sofridos. O Inter só empatou porque o Fluminense parou de jogar e acreditou que conseguiria levar a classificação sem suar no final da partida. Quando Vitinho igualou, saiu novamente à frente e poderia ter vencido ainda no tempo normal. Triste.
Anderson segue sem justificar sua contratação, seu salário ou os calções do seu uniforme. Já deve ter mais pênaltis desperdiçados do que gols marcados pelo Inter. Mas quem mandou Piffero contratá-lo e Argel botá-lo para jogar? E não há desfalques que justifiquem um desempenho tão ruim. Um clube do porte do Inter deveria ter reposições minimamente capazes de jogar futebol. Não tem.
Transformar o futebol vitorioso de um clube como o Inter em um arremedo de time é uma tarefa complexa. Por isso, direção, técnico e jogadores dividem essa responsabilidade.
É hora dessa direção acordar e tomar alguma providência – desde que não seja continuar com sua política de contratar ex-jogadores. Que medo do Brasileirão!
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