Se bem entendi a entrevista de Argel Fucks ao final do empate em 1 a 1 com o São Paulo-RG em pleno Beira-Rio, a certa altura ele reclamou não estar em campo quarta e domingo.
É curioso. Os técnicos costumam adorar uma semana inteira livre, para trabalhar conceitos em sessões específicas de treinamento e aprimorar a parte física. O normal é reclamar do calendário cheio, quando é preciso lidar com a emergência, só conversando e recuperando jogadores.
Em tese, após períodos nos quais é possível treinar com método é que se dá o salto de qualidade coletivo. Não é o que pensa Argel, a julgar pelo pós-jogo. Sua opinião deve ser respeitada, embora discorde ela. Ele deve ter os seus motivos para pensar dessa maneira, com certeza.
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Revelei aqui na coluna, semana passada, os nomes que o Inter busca para o meio-campo e o ataque: Michel Bastos (São Paulo) e o colombiano Teo Gutierrez (Sporting). A direção está negociando, mas não é moleza trazê-los, embora ambos não vivam bons momentos em seus clubes.
Argel roçou que precisa deles, os reforços. Não está errado. Treinador não é mágico. Mas cobrá-los após empatar com um adversário cuja folha é 70 vezes menor do que a sua não fica bem.
Ou será que há risco de o atual elenco não entrar nem entre os quatro primeiros e, assim, perder o mando de campo nas quartas de final do Gauchão? Passadas nove rodadas (faltam quatro para terminar a primeira fase), o Inter é apenas o quinto colocado. Pouco para a diferença de investimento em relação aos seus adversários, tirando o Grêmio.
Mencionar a ausência de contratações pode ser desculpa aceitável no Brasileirão. Mas no Gauchão, já?
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