O treino desta terça-feira teve momentos de tensão na entrada do CT Parque Gigante. Por volta das 16h, cerca de 15 torcedores invadiram o complexo pela entrada principal, na Avenida Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio). Para evitar que os colorados chegassem à área em que o grupo de jogadores treinava, pelo menos dois seguranças do clube deixaram armas de fogo à mostra. A atitude revoltou ainda mais os torcedores que pediam que os seguranças escondessem os revólveres.
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Os ânimos chegaram a se exaltar, mas os invasores recuaram e foram escoltados até o lado de fora do portão. Após a goleada de 5 a 0 sofrida para o Grêmio no domingo, o Inter reforçou a segurança nas imediações do Beira-Rio. No mesmo dia, inclusive, houve briga entre colorados e funcionários do clube na chegada do ônibus da delegação ao CT Parque Gigante. No treino de segunda, os protestos seguiram, mas de forma pacífica.
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A Brigada Militar tem sido uma presença constante durante as atividades no local. O Inter, inclusive, aumentou o número de seguranças durante os treinos. Informações dão conta que policiais militares da reserva prestam serviços ao clube, inclusive, armados.
Zero Hora flagrou a invasão dos torcedores (vídeo abaixo) ao centro de treinamento nesta terça. Imagens da ESPN mostram o momento em que os seguranças mostram as armas para conter os manifestantes.
Segundo o tenente-coronel da Brigada Militar Mário Ikeda, não há impedimento para que funcionários aposentados da polícia tenham porte de arma e trabalhem como seguranças particulares.
- Para ter o porte de arma, ele precisa fazer um exame psicotécnico regularmente. Mas não há vedação a um aposentado da Brigada para ter o porte - explicou Ikeda.
De acordo com Alexandre Limeira, vice-presidente de administração do Inter, os seguranças estão em situação regularizada.
- Eles têm porte, registro e formação para usar a arma. No meu entendimento, fizeram o procedimento correto. Não apontaram a arma para os torcedores, nem para cima. Eu entendo essa situação (protestos) pelo tamanho do resultado do Gre-Nal. O torcedor tem que se manifestar. Mas, no momento em que tapa o rosto e tenta invadir uma área patrimonial, deixa de ser um protesto. Em nenhum momento foram impedidas as faixas, os protestos, mas houve uma proteção patrimonial - ponderou o dirigente.
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Imagens: Amanda Munhoz/Agência RBS
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