Na terça-feira o executivo de marketing Jorge Avancini entregou a carta de demissão no Inter e, no mesmo dia, pipocaram convites de São Paulo, Rio e Nordeste, entre eles Bahia e Fortaleza. Cita isso para demonstrar a sua tese de "nacionalização" do profissional de sua área.
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Assim como o técnico e o gerente de futebol, o homem do marketing precisa circular. Por isso, em seguida Avancini será anunciado em outro desafio, que é a rotina de quem já passou por Souza Cruz, Coca-Cola, Pepsi e Unimed. Sai do Inter como referência depois de emplacar 100 mil sócios, o projeto do centenário, a reinauguração do Beira-Rio e a consolidação da marca.
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Veja o que ele diz:
Saída e desafios
"É o momento de sair. No Conselho de Administração desde 1998, diretor no marketing desde o ano 2000, vice-presidente em 2007 e executivo da área em 2009, levado pelo próprio presidente Vitorio Piffero, agora chegou a hora de procurar um outro desafio. Há muito vinha avaliando a ideia da nacionalização do executivo de marketing, assim como ocorre com o técnico, preparador físico e gerentes de futebol. Tenho defendido essa tese em palestras. O Piffero me convidou para ficar, mas é hora de trabalhar em outro clube."
Estruturas temporárias
"Passei os últimos dois anos de forma bastante intensa no Inter, sem férias. Em seis meses tive de me concentrar na busca de R$ 23 milhões que foram destinados às estruturas temporárias para o Beira-Rio - e isso não é fácil. Praticamente, 90% deste trabalho toquei sozinho e, apesar de termos uma equipe bem azeitada, eu tive de me desviar dos projetos. Sempre há prejuízo nisso."
Qualidade de vida
"O reconhecimento do trabalho é maior fora do que aqui no Estado, e vejo isso pelo número de palestras realizadas em outras capitais. Também por isso estou mudando, em busca de maior qualidade de vida, de maior autonomia profissional com base em orçamentos de curto, médio e longo prazos."
Grenalização
"Sempre combati a grenalização. Houve uma época em que Inter ou Grêmio anunciava 19 lojas, o outro abria o 20º estabelecimento, que às vezes rendiam muito pouco. Seria melhor se ficassem com sete ou oito pontos rentáveis. Mas a grenalização levava a essa corrida sem sentido."
Hambúrguer e picolé
"Agora estão comparando o fato de o Grêmio ter lançado a Hamburgueria e a Paleteria. Mas o fornecedor há muito havia apresentado ao Inter o projeto da hamburgueria e, na época, as condições não eram as mais interessantes. Além disso, achávamos que o primeiro ponto de venda devia ser no Beira-Rio, ali é o local de melhor identificação com o torcedor, e o estádio ainda se encontrava no início da reforma. Já o picolé tem um projeto correndo no marketing. Vai depender do que a nova direção decidir."
Faturamento
Período de Avancini no marketing do Inter:
Início em 2007: R$ 12 milhões
Saída em 2014: R$ 55 milhões
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