Enfim, o último impasse envolvendo a reforma do estádio Beira-Rio tem uma definição. Acossado pelos prazos de reinauguração do Beira-Rio e de entrega do complexo para a Fifa, o Inter vai bancar sozinho um projeto simplificado do piso da área privada do entorno do estádio, e tentar reduzir um orçamento de R$ 7 milhões.
O presidente Giovanni Luigi decidiu abrir mão do plano inicial, elaborado pelo clube, que previa paisagismo e um material mais sofisticado. A opção será por asfalto ao redor do palco de cinco jogos do Mundial.
- Estamos trabalhando em uma alteração substancial no projeto, que previa flores, arbustos e grama. Vamos fazer uma drenagem bem feita, colocar asfalto e iluminação - resume Luigi.
O presidente colorado confirma que o piso será semelhante ao que existia antes da reforma, mas ressalta a importância do novo sistema de drenagem e a diferença da iluminação (provavelmente feita por postes de luz), que não existia anteriormente. O novo projeto tem custo de cerca de R$ 7 milhões, mas o clube trabalha para tentar baixar um pouco o valor. O projeto anterior sairia ainda mais caro.
- É custo e tempo - afirma o presidente, justificado a decisão.
Luigi não afasta a possibilidade de que, no futuro, o entorno possa ganhar alguns itens previstos inicialmente, como arborização e paisagismo:
- Será um piso de boa qualidade, sem muitos requintes. Mas, ao mesmo tempo, valorizará o estádio.
Andrade Gutierrez deve desocupar pátio do estádio dentro de 15 dias
Ainda não está definida a empresa que tocará a obra - o certo é que não será a Andrade Gutierrez, responsável pela reforma. A construtora deve desocupar o pátio do estádio dentro de 15 dias, mas a previsão é de que o trabalho no piso comece no meio de fevereiro e se estenda durante 45 a 60 dias. O prazo é apertado, considerando que a festa de reinauguração e o amistoso oficial de reabertura do Beira-Rio ocorrem em 5 e 6 de abril.
Após conseguir que o governo federal bancasse a construção do piso em dois terços do entorno - nas áreas da prefeitura cedidas ao clube -, o Inter tentou uma parceria com a Brio (empresa criada para administrar os novos espaços do estádio) para dividir os custos da área privada, mas o acerto não ocorreu.