Com 12 gols em 15 jogos na temporada, Leandro Damião voltou a ser o grande goleador. No Inter, já ocupa a quinta colocação por média de gols, superando nomes históricos como Tesourinha, Claudiomiro, Christian e Alexandre Pato. É a esperança dos colorados na decisão contra o Santos pela Libertadores, nesta quarta-feira. Neste domingo, às 16h, no Beira-Rio, será um dos poucos titulares contra o Canoas, pela Taça Farroupilha.
Em video, veja bate-papo com Leandro Damião:
Valorizado, o centroavante deverá formar com Neymar a dupla de ataque da Seleção nos Jogos Olímpicos de Londres, em julho. Também será um dos principais nomes brasileiros para a janela de agosto do mercado europeu. Nessa entrevista a Zero Hora, Leandro Damião fala da volta de seus gols, dos confrontos contra o amigo Neymar, conta como está o ânimo de Oscar no vestiário, a relação com Ronaldo Nazário, sobre videogame, futebol europeu, Libertadores e, é claro, sobre gols. A seguir os principais trechos da entrevista.
ZH - Em que aspectos você evoluiu?
Damião - Posicionamento. Eu estava dando muitos botes errados, me afobava, me cansava demais, não tinha nem força para chegar na bola.
ZH - E a vida? O que mudou?
Damião - O assédio aumentou. Não me privo de nada, vou ao cinema, saio para jantar, vou a todos os lugares, sem problemas.
ZH - E quando virá um Damiãozinho?
Damião - Ahhh, é o sonho da minha vida. Quero muito ter um filho, mas que demore um pouquinho ainda.
ZH - Como é a sua relação com Ronaldo Nazário (dono da empresa de marketing esportivo 9ine, e que representa Damião)?
Damião - Não fico enchendo o saco dele a toda hora. É um ídolo, um amigo, que me ajuda muito na questão da imagem. Ele me auxilia em coisas que eu esteja cometendo algum erro, no que vestir, por exemplo. Por causa da marca, preciso passar uma boa imagem para ele.
ZH - Alguma dica de campo, de posicionamento?
Damião - Não, mas eu vi ele treinando na Seleção (Damião foi convocado por Mano Menezes para o jogo de despedida de Ronaldo na Seleção, no ano passado, contra a Romênia, no Pacaembu), ele recebia 10 passes e marcava nove gols. Sempre tento tirar coisas positivas dele.
ZH - E como está a vida sem Oscar?
Damião - Ele faz uma grande falta. Estava com uma ótima sequência de jogos, armando, fazendo gols, ajudando na marcação.
ZH - E como está a cabeça do Oscar no vestiário, sem poder jogar?
Damião - Oscar está feliz. Ele sabe que o assunto será resolvido logo, sabia que uma hora isso precisaria ser resolvido.
ZH - E como se enfrenta o Santos em Porto Alegre?
Damião - O santos sempre joga daquele jeito, indo ao ataque. Na Vila Belmiro (derrota por 3 a 1), nós não fomos para cima deles como costumamos fazer em casa. No ano passado, fizemos um grande confronto contra eles aqui (empate em 3 a 3, depois que o Inter vencia por 3 a 0, pelo Brasileirão). É preciso matar quando tivermos a chance. Em casa, temos que ir para cima. Não podemos ter aquele abatimento, tomar três e não conseguir reverter.