Dátolo, 10 dias e gol na estreia
CRÉDITO: Marcelo Oliveira
Jesús Dátolo chegou há 10 dias e estreou da melhor forma possível. Com um gol em Gre-Nal, logo no primeiro chute pelo Inter. Aos 21 minutos, o meia recebeu de João Paulo, que enveredou da direita a dribles. Dominou a bola, enquadrou o corpo e soltou o que os argentinos chamariam de "una zurda". O chute saiu forte. Tão forte que ricocheteou em Fernando e Grolli, desmontou Victor e entrou no meio do gol.
Marquinhos, o gol na sorte
CRÉDITO: Diego Vara
Marquinhos, 30 anos, já pode se orgulhar de estar na galeria dos jogadores de Gre-Nal. Em seu terceiro clássico, o meia, convertido em volante, marcou seu segundo gol. E surpreendeu pela sinceridade ao sair de campo, no intervalo. - E o gol, Marquinhos? Esse tipo de cobrança é característica sua - questionou o repórter. Marquinhos sorriu: - Não, gente. Eu tentei cruzar. Não chutei direto no gol, não.
Marquinhos percebeu a estupefação dos jornalistas e tentou minimizar o impacto da declaração. - É claro que isso é resultado de muito treino e dedicação. É o prêmio pelo trabalho e pelo treinamento.
O retorno do General
CRÉDITO: Ricardo Duarte
Há alguns meses, Bolívar virou assunto nas redes sociais e até verbo: "bolivar", ou seja, cometer um erro crasso. Ontem, o verbo "bolivar" retomou seu verdadeiro sentido. Aos 30 minutos do segundo tempo, o "General" mostrou estar de volta aos bons tempos. De cabeça, empatou o clássico em 2 a 2 e garantiu a festa vermelha no Olímpico.
- É um momento ímpar, você não sabe para onde vai correr. Tenho todas as conquistas pelo Inter, mas o sabor de fazer gol em Gre-Nal é diferente de tudo - disse o zagueiro.
A maioridade de um centroavante
CRÉDITO: Diego Vara
Há um centroavante no Olímpico. E de primeira linha. Até ontem, ele havia sido um coadjuvante de luxo de Kleber. Registrava um gol contra o Canoas, um passe de letra para o companheiro marcar contra o São Luiz e empenho que encantava os gremistas. O Gre-Nal atestou espécie de maioridade. Marcelo Moreno foi referência.
Ninguém estranhou quando ele pegou a bola para cobrar o pênalti sofrido por ele, em agarrão de Josimar na área. O cobrador era Kleber, mas ele garantiu por produção o privilégio de batê-lo. Colocou a bola sob o braço, ajeitou na marca e partiu. Houve um instante de silêncio no Olímpico. Moreno foi decidido. Enfiou o pé direito na bola, desferiu chute seco e venceu Muriel.
Muriel, o paredão
CRÉDITO: Marcelo Oliveira
O Inter havia empatado o clássico com Bolívar, mas não vivia bom momento na partida. Em vez de sentir o gol, o Grêmio se agigantou e passou a figurar no campo de ataque colorado. Foi quando a estrela de Muriel, único titular escalado por Dorival Júnior, falou mais alto.
Em pelo menos duas oportunidades, ao final da partida, o jovem goleiro colorado garantiu o resultado. Aos 45 minutos, Kleber, à queima-roupa, cabeceou firme. Como um gato, Muriel espalmou para o lado, sem chance de rebote. Minutos depois, o atacante tentou de novo ampliar para 3 a 2. Mais uma vez, Muriel brilhou. Bem colocado, agarrou firme a bola e garantiu o placar de 2 a 2 no clássico 390.
Fernando a 100km/h
CRÉDITO: Marcelo Oliveira
Aos 35 minutos do primeiro tempo, cheio de gás, o volante Fernando roubou a bola de Dátolo na intermediária colorada e fez fila. Por pouco não marcou um gol de placa no Gre-Nal. Muriel, em boa defesa, espalmou o chute forte do gremista. No rebote, Marcelo Moreno errou o tempo de bola e não aproveitou a chance de ampliar o marcador.
Vaias a Caio Júnior
CRÉDITO: Diego Vara
No final da partida, das sociais, vaias e acenos de adeus para Caio Júnior marcaram o Gre-Nal 390. O técnico gremista pareceu nem se importar. Na entrevista coletiva, destacou que a equipe é competitiva, que vai chegar nas quatro competições que disputará e que o Grêmio foi superior na partida inteira.
- O adversário se beneficiou com uma bola parada, mas o Grêmio foi superior em toda a partida. A análise é errada quando se analisa só o momento. Futebol é sempre para a frente. A análise a ser feita de um treinador é o contexto, não analisar se perdeu ou ganhou. Daí é fácil analisar assim. Vamos em busca da classificação, não importa se em primeiro ou em quarto - resumiu.
Falta em Mário Fernandes e a perda dos laterais
CRÉDITO: Diego Vara
No primeiro tempo, uma falta de Jackson em Mário Fernandes tirou o garoto de campo, que sofreu com dor no ombro após cair de mau jeito. Minutos antes, com dores no joelho, Julio Cesar havia deixado o gramado para a entrada de Bruno Collaço. Segundo Caio Júnior, as modificações ainda no primeiro tempo desestabilizaram o grupo gremista.
- Perdemos os laterais no primeiro tempo. Pode ter dado um desequilíbrio emocional, mas em nenhum momento o Inter foi superior.
Atuação do Vuaden
CRÉDITO: Diego Vara
Melhor árbitro do Brasileirão 2011, o gaúcho Leandro Vuaden foi duramente criticado por dirigentes e pelo técnico colorado. O vice-presidente de futebol do Inter, Luís Anápio Gomes, classificou Vuaden como um "excelente juiz, com uma infeliz atuação". Já Dorival argumentou que a marcação do pênalti de Josimar em Marcelo Moreno é um fato a ser contestado na partida. E o árbitro teria, ainda, feito vista grossa às faltas sofridas pelos atacantes colorados.
- Ele virava os olhos e fazia vista grossa para uma situação que estava clara.
Dorival expulso no intervalo
CRÉDITO: Ricardo Duarte
- Apenas questionei o Leandro (Vuaden) se o Kleber tinha autonomia para bater. Não era possível o que estava acontecendo. Acaba desequilibrando uma equipe.
Esta foi a principal contestação de Dorival Júnior ao final da partida. O técnico colorado acabou expulso no intervalo e teve de passar suas instruções por rádio para o goleiro Renan e para o preparador físico Celso de Rezende.