O meio de campo Sneijder, da Inter de Milão, deixou o Real Madrid contra a própria vontade. Com o novo projeto do presidente Florentino Pérez, com Cristiano Ronaldo e Kaká, não sobrou espaço para o holandês. Um dos principais fatores para a saída é a fama de amante da noite. O camisa 10 do clube italiano não nega, e revela, em entrevista ao jornal espanhol "As", que não foi fácil abandonar a vida noturna.
- Não me incomodava a fama porque era verdade. Saía muito para festas, eu sei. Chegou um momento em que me levantei em uma manhã e pensei: "Wesley, o que está fazendo? Tem qualidade, está no melhor clube do mundo, o que está fazendo?" Desde então essa vida acabou - desabafou.
A saída do Real Madrid foi dolorosa. Mas, nada que o tempo não possa mudar.
- Foi uma loucura! O momento mais difícil foi quando me obrigaram a treinar separadamente. Me sentia em uma prisão. Contudo, acabei aceitando e fui, mesmo com dor. Já não existe mais essa dor. A Inter me fez superar - concluiu.
Na Inter de Milão a carreira do jogador mudou da água para o vinho. Voltou a jogar bem, ganhou títulos importantes e atualmente é cotado para ser eleito o melhor jogador do mundo. Sem falsa modéstia, Sneijder se vê como o favorito.
- No ano passado ganhei o triplete (Liga dos Campeões, Italiano e Copa da Itália) e cheguei à final do Mundial, marcando cinco gols. Ninguém fez isso na última temporada. As pessoas me dizem que eu mereço, seja na Holanda, em Milão ou em Madri - pontuou.
Um dos responsáveis pela ótima fase é o técnico José Mourinho. O português sempre é elogiado pelos jogadores que passaram por seu comando. O motivo, na opinião do meia holandês, é o fato de o treinador entender a mente de um jogador.
- É algo psicológico. Ele sabe perfeitamente como se sente um jogador. Eu contava algumas coisas e ele sabia o que eu pensava. O diálogo era muito direto. Às vezes me dizia: "Você precisa de três dias de descanso, fique em casa" - lembrou.
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