Aos 33 anos, o volante Michel não sabe se poderá voltar a jogar futebol. Após rescindir com o Grêmio, em julho de 2022, o volante assinou com o Operário-PR. Convivendo com dores no joelho esquerdo, decidiu deixar o clube paranaense um mês depois.
Em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, na noite desta segunda-feira (30), o jogador, campeão da Libertadores pelo Tricolor, em 2017, lembrou do momento em que a lesão, que ainda não foi superada, começou a atrapalhar o rendimento em campo.
— Começou em 2017, na Libertadores. Comecei a sentir o menisco. Soltou um pedaço. O doutor decidiu fazer a cirurgia. Eu estava jogando com dor. Foi retirado o meu menisco. De lá para cá foram sete cirurgias — destacou Michel, detalhando o procedimento feito pelo departamento médico do clube gaúcho:
— Tiraram (o menisco) para eu voltar mais rápido. Com 21 dias, estava jogando a final. Não (foi combinado). Eu também queria jogar. Se eu soubesse que daria tanto problema, eu não tinha feito. Tiraram e já era. Só depois (fui comunicado).
Michel foi peça importante na conquista do tricampeonato continental. Após a recuperação, atuou por 51 minutos na decisão contra o Lanús. Iniciou 2018 em alta, mas logo passou a conviver com o problema que ainda persiste.
— Fiquei bem. Joguei a final. Joguei a Libertadores, em 2018, tanto que fiz o gol contra o River. Aí começou o problema de cartilagem. Se eu soubesse, não teria feito. Teria deixado de jogar para manter a minha carreira. Teria reconstruído o menisco — pontuou.
Antes de encerrar o vínculo com o Grêmio, Michel foi emprestado para Fortaleza e Vasco. Em nenhum das equipes conseguiu atingir a marca de 10 partidas disputadas. Sobre o futuro, afirma que ainda tem o desejo dar prosseguimento na carreira.
— Hoje a minha lesão está no osso. Não tem solução. Vou tentar tratamento com células-tronco. Vai ser a minha última alternativa. Hoje estou mais tranquilo, mas sofri por não estar podendo jogar — contou.