O Grêmio foi às compras na segunda janela de transferências do ano para completar a reformulação do elenco. Fechou com cinco nomes para dar mais opções para Renato Portaluppi no segundo turno do Brasileirão.
Desde o começo do ano, a direção e Renato Portaluppi corriam para ter um atacante de velocidade. Após o sonho de contar com Michael virar fumaça, Iturbe e Besozzi foram trazidos em agosto. João Pedro Galvão foi adicionado ao grupo para ser o companheiro de ataque de Luis Suárez.
Na defesa, Rodrigo Ely trouxe a sua experiência no futebol europeu e retornou ao clube que o revelou. Ídolo gremista, Luan fechou o quinteto de contratações.
Quase dois meses depois da reabertura do mercado da bola, GZH analisa através do reforçômetro como eles estão se saindo neste início no clube.
Iturbe (atacante) - Não aprovou
Ainda é difícil saber, pelo que faz em campo, qual o seu estágio. Jogou pouco. São somente 29 minutos com a camisa do Grêmio, divididos em quatro partidas. Em quase meia hora em campo, ainda não conseguiu chutar no gol. Tem apenas um arremate para fora, diante do Flamengo, pela Copa do Brasil.
Pela pouca utilização e tendo sobrado do banco de reservas em algumas partidas, Iturbe tem chamado pouca atenção nos treinos. Nesse ritmo e com contrato até o fim do ano, o futuro dele parece ser longe da Arena.
— Não aprovou. A carreira de Iturbe dialoga muito bem com esta pequena amostra apresentada até aqui no Grêmio. O paraguaio, de 30 anos, já atuou em 11 clubes. Sua irregularidade sempre foi um ponto de atenção após o acerto com o Tricolor. A incessante procura de Renato por jogadores velozes de lado de campo fez a direção correr em busca de atletas com este perfil. Chegaram ao nome de Iturbe, que sequer completou 45 minutos com a camisa gremista — ressalta Marcos Bertoncello, colunista de GZH.
Lucas Besozzi (atacante) – É preciso esperar
Um xerox da situação de Iturbe. O jovem argentino era para ser uma alternativa de velocidade pelo lado. Até aqui, passou muito mais tempo no banco do que em campo. Foram apenas quatro partidas , somando 105 minutos.
Nesse tempo reduzido, apresentou pouco. Embora tenha tido uma taxa de participação dentro da média, quase nada produziu nas vezes em que teve a bola no pé. Ele está na Arena emprestado até a metade do ano que vem.
— Ainda é preciso esperar. Particularmente, eu, se fosse dirigente, não traria um jogador jovem que sequer foi aproveitado no clube dono de seu passe, o Lanús, que é do segundo escalão do futebol argentino. Tendo jovens com potencial por aqui, na base do próprio clube, como Nathan Fernandes, por exemplo, por que investir em um estrangeiro de idade semelhante que nada fez de especial para chegar aqui e resolver os problemas? Mas já que trouxe e está aí, por ser jovem, ainda vale esperar um pouco mais, umas oportunidades a mais, quem sabe no próximo Gauchão, para determinar se vale manter ou se deve devolver — avalia Gustavo Manhago, narrador da Rádio Gaúcha.
João Pedro ( atacante) – Ainda não confirmou
Veterano com passagens de sucesso pelo futebol da Itália e da Turquia, a expectativa era de que chegasse vestisse a camisa, entrasse no time e saísse marcando gols. As primeiras duas partes se concretizaram. A terceira, não. João Pedro, 31 anos, desembarcou, treinou e virou titular do time.
São nove partidas e 490 minutos em campo. O primeiro gol ainda está por vir. Seu melhor momento foi uma assistência para um dos gols no empate em 4 a 4 com o Corinthians. Seu contrato de empréstimo vai até a metade do ano que vem. Sábado (30), contra o o Fortaleza, ficou somente 34 minutos em campo.
— Ele só não foi reprovado até o momento porque não tem ninguém perto de substituí-lo. Se tivesse, talvez, já desse para cravar como reprovado. A resposta é muito pequena perto do que se esperava. Assim, ele vai tendo tempo para deslanchar. Mas está devendo bastante ainda — pondera Diogo Olivier, colunista de GZH.
Rodrigo Ely (zagueiro) – Ainda não confirmou
Outra posição, mas mesma situação de João Pedro Galvão. De larga experiência na Europa, Ely retornou ao clube em que atuou nas categorias de base. Não demorou para ganhar espaço na zaga, virando titular enquanto Pedro Geromel não tinha condições de jogo.
São oito partidas, sete delas como titular. Apesar das atuações agradarem, seu ingresso na equipe foi insuficiente para estancar os gols sofridos pela equipe. Quando esteve em campo, o time foi vazado oito vezes. No momento, está fora de ação devido a uma lesão muscular. O defensor tem vínculo com o clube até o final de 2025.
— Rodrigo Ely ainda precisa provar. Mesmo quando ganhou sequência, ele teve altos e baixos. Essa oscilação indica que não podemos definir sobre o acerto ou não da sua contratação. Talvez, em razão da última lesão e do tempo que ficará parado, teremos uma definição sobre essa questão somente na próxima temporada — opina César Cidade Dias, colunista de GZH.
Luan (meia) – É preciso esperar
Nos 41 minutos em que esteve em campo até aqui, não se viu o brilho de outrora. Rei da América em 2017, sua contratação foi uma tentativa de recuperar um ídolo em fase descendente na carreira.
Luan entrou no final nas vitórias sobre Fluminense, Cruzeiro e Cuiabá e no empate com o Corinthians. Seu contrato vai até o fim da temporada.
— Sobre Luan, precisamos esperar mais. Ninguém que atua no esporte de alto rendimento e fica tanto tempo sem competir volta a recuperar nível técnico e de disputa tão rapidamente. Sem contar que, no caso de Luan, são, pelo menos, três anos sem a rotina que se exige de um atleta de ponta — posiciona-se Leonardo Oliveira, colunista de GZH.