O volante Thiago Santos permaneceu por apenas 24 minutos em campo contra o Ypiranga, mas, mesmo assim, foi um dos personagens da partida que garantiu a classificação do Grêmio à final do Gauchão. O meio-campista entrou no intervalo, na vaga de Galdino, viu o Tricolor sofreu um gol, sofreu com as vaias da torcida e foi substituído. Na coletiva após o jogo, o técnico Renato Portaluppi lamentou o tratamento dado ao jogador:
— Acho que teve um exagero quanto ao Thiago Santos. Não se faz isso com nenhum jogador. Nós dedicamos a classificação a ele. Eu nunca vou deixar nenhum jogador do meu grupo para trás. Tirei ele porque tinha de tirar um volante e colocar o time mais para frente. Ele estava sendo vaiado. Isso poderia acarretar maiores problemas para a equipe. O poupei de ser vaiado, mas isso não quer dizer que eu e o clube não vamos continuar abraçando ele.
Questionado se poderia poupar o atleta, que é muito cobrado pelos torcedores desde o rebaixamento do Grêmio à Série B, em 2021, o treinador citou o excesso de desfalques.
— Eu tinha essa ideia. Você faria o que no meu lugar? Eu tinha de mudar o Everton (Galdino), que não estava bem. Eu coloquei o Bitello no lado direito e tive de colocar um volante. Tentei de todas as formas, mas eu tinha dois jogadores na seleção. Eu tinha jogadores machucados. Só se eu entrasse no campo — brincou Renato, reforçando as críticas ao ambiente vivido por Thiago Santos.
— Volto a repetir, vivemos em um Estado que, quando alguém pega no pé do jogador, fica implicando a semana toda. A realidade é essa. Se eu tiver que tirar o jogador depois de uma falha, precisaria ter 150 jogadores no grupo — acrescentou o treinador.