Em duas partidas na temporada, Renato Portaluppi realizou só uma alteração no seu time. Villasanti, titular do Grêmio contra o São Luiz, pela Recopa, cedeu lugar para Felipe Carballo jogar diante do Caxias, pelo Gauchão. Pelo cenário nos 180 minutos, a posição de proteção à linha de defesa ainda não tem um titular definido. A partida contra o Brasil-Pel, na quarta-feira (25), pode dar indícios de quem está em vantagem na disputa.
Villasanti jogou os 90 minutos no 4 a 1 sobre o São Luiz, em jogo em que o Grêmio saiu cedo na frente e enfrentou um adversário que pouco atacou. O volante paraguaio foi ativo durante toda a partida. Foi o jogador que mais participou com a bola. Foram 82 passes certos e somente um errado. Sem a bola, efetuou dois dos 10 desarmes do time gremista.
— A combatividade que Villasanti dá ao time é importante. Ele consegue dar cobertura aos laterais, que este ano são bastante ofensivos. Vejo ele jogando mais na primeira função do meio-campo. O Carballo é mais segundo homem e me pareceu um pouco deslocado contra o Caxias — analisa Marcelo de Bona, narrador da Rádio Gaúcha e colunista de GZH.
Contra o Caxias, Carballo deixou o campo aos 22 minutos do segundo tempo, dando lugar ao meia Gustavinho, com Renato promovendo o recuo de Bitello para atuar ao lado de Pepê. Na frieza dos números, o uruguaio participou menos do jogo com a bola, dando 29 passes certos e um errado. Mas a postura do adversário foi diferente.
O Caxias adotou um posicionamento mais ofensivo em comparação ao São Luiz. Com um futebol de mais toque de bola, permitiu ao Grêmio ter uma quantidade menor de posse, consequentemente o time de Renato trocou menos passes. Foram 243 no Centenário contra 583 na partida pela Recopa Gaúcha.
Em percentuais, Villasanti efetuou 14,2% dos passes efetuados pelo Grêmio no primeiro jogo do ano. O índice de Carballo foi de 12,3%, sendo que ele atuou por menos tempo.
— A amostragem de Carballo no Grêmio é pequena ainda. Tem de dar o desconto da adaptação. Pelo jogo de Caxias do Sul, portanto, fiquei com a sensação de que o uruguaio disputa posição com Pepê. É segundo volante. Naturalmente, sai para o jogo. Villasanti marca mais e se sente à vontade como primeiro homem do meio-campo. O gol do Caxias, aliás, nasce do espaço deixado pela confusão na marcação de Carballo e Pepê. Essa parece ser a diferença entre Villasanti e Carballo: a posição — avalia o comentarista do Grupo RBS Diogo Olivier.
A percepção do analista é embasada pelos números.
O jogador trazido do Nacional não efetuou nenhum desarme contra o Caxias. O Grêmio desarmou o adversário em seis oportunidades.
A dupla em números
Villasanti contra o São Luiz
- 90 minutos em campo
- 82 passes certos
- 1 passe errado
- 2 desarmes
Carballo contra o Caxias
- 67 minutos em campo
- 29 passes certos
- 1 passe errado
- 0 desarme