O Grêmio analisa a possibilidade de antecipar o fim da gestão Romildo Bolzan e marcar a posse do novo presidente para o final de novembro. Como a temporada terminará mais cedo do que o habitual pela Copa do Mundo, os quadros políticos se articulam para adiantar a transição de mandato para a nova gestão ter mais tempo de preparar o próximo ano.
Tradicionalmente, os candidatos eleitos no Tricolor tomam posse na primeira semana de janeiro. Porém, como a Série B terminará em 5 de novembro, a ideia do clube é de que a nova gestão tome posse alguns dias após a eleição em segundo turno, que será no dia 12.
O debate sobre o tema foi confirmado pelo presidente do Conselho Deliberativo do clube, Carlos Biedermann.
— Essa possibilidade existe. Não estarei mais na presidência do Conselho, meu mandato termina em 17 de outubro, mas já tem se conversado sobre isso. Acredito que não há qualquer impedimento, pois é muito importante que essa transição seja feita o mais rapidamente possível. É um ano especial, em que há essa vantagem extraordinária de poder antecipar esse processo e não deixar tudo para dezembro, quando sempre as transições são muito complexas — declarou Biedermann.
Apesar de a ideia ainda não ter sido deliberada oficialmente, o líder do Conselho acredita que ela será aprovada pelas diferentes correntes políticas do clube.
— Penso que será do interesse de todos que o novo Conselho de Administração, seja ele qual for, assuma o mais rápido possível e tenha mais tempo de tocar as coisas do clube, preparar as ações necessárias e montar um plantel forte para disputarmos todas as competições em 2023. Sou absolutamente favorável, mas isso não estará nas minhas mãos, estará nas do novo presidente do Conselho Deliberativo — completou Biedermann.
As eleições para a presidência ocorrerão em duas etapas. Em 26 de outubro, no primeiro turno, votarão só os conselheiros. Já no segundo turno, em 12 de novembro, os candidatos que ultrapassarem a cláusula de barreira, de 15%, disputarão o voto dos sócios no pátio.
As chapas que concorrerão ao pleito ainda não foram inscritas. Nos bastidores, articulam a candidatura à presidência os conselheiros Alberto Guerra, Alceu Brasinha e Odorico Roman. Existe ainda a possibilidade de o vice de futebol Dênis Abrahão lançar o seu nome, com apoio do atual presidente Romildo Bolzan Júnior, hipótese ainda não confirmada pelas partes.