A reestreia de Roger Machado pelo Grêmio trouxe otimismo ao torcedor. Na tarde deste sábado (19), o Tricolor bateu o São Luiz, por 4 a 0, com um desempenho superior ao que vinha mostrando nas rodadas anteriores do Gauchão. Ao final da partida, o treinador ressaltou o pouco tempo de trabalho e exaltou o entendimento dos jogadores sobre o modelo de jogo que pretende implementar.
— Busquei dar tranquilidade e suporte aos atletas com informações pontuais. Tentei fazer o casamento das características dos jogadores que tínhamos para a partida. O insucesso do ano anterior traz uma pressão muito grande. O ambiente mais leve, proporcionado pelo otimismo do torcedor, que eu tinha certeza de que estaria aqui, vai para dentro do campo. Os jogadores estando tranquilos, vai acarretar em movimentos mais lúcidos. Isso reflete no jogo e no resultado. Tive pouca interferência neste momento. Frisei isso para eles. Eles receberam e assimilaram as informações que foram passadas — destacou.
No duelo na Arena, Roger Machado escalou um meio-campo mais leve, com Bitello e Villasanti abrindo o setor. A manutenção ou não da dupla entre os titulares vai depender do contexto de cada confronto.
— Vai depender do contexto e da adaptação dos jogadores aos diferentes modelos. Eu trabalho outras formas de jogar, dependendo do adversário e da competição. Gostei do que hoje (diante do São Luiz), com um time mais leve. Tive pouquíssimo tempo para trabalhar. O mínimo é máximo neste momento. Quando se trabalha com jogadores inteligentes, o pouco que foi feito já surte efeito. Vai depender do tempo para trabalhar e para desenvolver modelos diferentes — ressaltou.
Entre os destaques da goleada gremista está o meia Gabriel Silva, que atuou mais centralizado em boa parte dos 90 minutos e não desperdiçou a oportunidade recebida.
— É um jogador que, para quem gosta de futebol, estamos sempre tentando monitorar. A gente só conhece o atleta quando trabalha junto. Em Frederico Westphalen, vi ele entrar em campo. Mesmo com o gramado mais pesado, ele nunca abriu mão de tentar controlar a bola e passar pelo adversário, fazendo o que a função determina. Isso me motivou a dar mais oportunidade para ele. Claro que ele foi beneficiado porque só tínhamos ele da função para o jogo. Ele aproveitou. É mérito dele. É mérito do clube — concluiu.