O goleiro Adriel, do Grêmio, publicou em seu perfil no Instagram que foi vítima de ofensas racistas de torcedores do Brasil-Pel. O jogador reproduziu um vídeo com um homem imitando um macaco em direção aos jogadores gremistas no estádio Bento Freitas (veja o vídeo abaixo).
"Fala, pessoal. Desde já, quero que vocês saibam que nunca me posicionei para falar sobre racismo ou qualquer outro tipo de preconceito, mas hoje ouvi muitas ofensas da torcida adversária. Tanto eu, como meus companheiros, e ofensas racistas: 'ei negão, vira servente de pedreiro'. Triste isso. Mas, mais triste ainda é saber que isso vai acontecer de novo, não só aqui, mas no mundo tudo. Está virando palhaçada isso, não basta só protestar, tem de ter medidas drásticas", escreveu o atleta na rede social.
Um torcedor que estava no local registrou o momento. Segundo ele, a situação aconteceu após as torcidas começarem a se provocar com cânticos.
Por meio das redes sociais, o Grêmio se manifestou a respeito das denúncias: "Hoje, após o jogo contra o Brasil de Pelotas, no estádio Bento Freitas, nosso atleta Adriel relatou indignação com as manifestações de injúria racial por parte de alguns torcedores do time adversário. Lamentamos profundamente o episódio vivido por nosso atleta e informamos que providências jurídicas serão tomadas com relação ao fato por ele relatado".
No ano passado
O clube xavante acabou punido na Série B do ano passado por conta de uma situação semelhante. Um torcedor, de acordo com a notícia de infração feita pelo Brusque, chamou o zagueiro Sandro, do clube catarinense, de "negro desgraçado". A ofensa foi ouvida por Edilson, companheiro de Sandro. Após a acusação, um policial que estava no estádio prendeu o infrator em flagrante.
Por conta disso, o clube perdeu um mando de jogo na competição e foi multado em R$ 30 mil. O torcedor envolvido no episódio responde a um processo na Vara Criminal, e a Quarta Comissão disciplinar do STJD determinou que ele fique impedido de ingressar nas partidas do Xavante como mandante pelo período de 900 dias. Cabem recursos das decisões.