Em meio ao debate sobre as consequências da invasão do gramado da Arena após a derrota do Grêmio para o Palmeiras por 3 a 1, domingo (31) passado, o juiz Marco Aurélio Martins Xavier, do Juizado especializado do torcedor e grandes eventos, comentou sobre a atuação da segurança do estádio.
— Sendo bem sincero, eu acho que a segurança falhou tanto na invasão de campo quanto na debelação de torcedores no estacionamento, onde houve a depredação de carros. Não adianta a gente querer tampar o sol com a peneira — afirmou o juiz ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha.
O magistrado afirmou que "a crítica precisa ser feita para que se possa melhorar". O juiz reforçou também que não foi só por conta da invasão que foi aberto o processo de investigação, pois o que foi mais grave "não passou na televisão". No acesso ao Portão 2, os vândalos acabaram depredando veículos, colocando pessoas em risco. Além dos carros particulares, também foram danificadas duas viaturas do Tribunal e uma da Polícia Civil.
Sobre a punição aos envolvidos, Xavier lembra que a legislação brasileira não pune "grupos" de torcedores, mas há a possibilidade de suspensão das torcidas organizadas para fazer uma apuração individual dos fatos.
Diretor jurídico do Grêmio, Nestor Hein afirmou que quem realiza esse tipo de atos de vandalismo é uma parcela muito pequena de torcedores e que não tem o porquê de haver um "super esquema defensivo" para conter alguns.
— Imagina se tiver agora no restante dos jogos jogar sem o apoio da nossa torcida por causa de algumas pessoas. Não quero esconder os erros do Grêmio, incompetências de diretoria, mas só acrescenta a isso — disse Hein.
