Apesar da importante vitória, o Grêmio não repetiu a última atuação contra o Lanús. Não jogou mal, mas não teve o mesmo espírito competitivo da partida anterior. O Caxias organizou um bom sistema de marcação, esperando o Tricolor seu campo, que teve muita dificuldade para ultrapassar esta organização defensiva.
Em decorrência, o Grêmio retornou aquela situação de alguns jogos anteriores, exagerando na troca de passes, com pouca verticalidade e com alguma lentidão. Por outro lado, salvo bolas cruzadas, o Caxias não teve situações para marcar. Aliás, considero inadmissível que um time grande sofra gols de bolas cruzadas que atravessam a área.
Esta lentidão que referi, na minha ótica, decorreu da pouca movimentação dos jogadores de meio-campo. Jean Pyerre, a propósito, na grande maioria das vezes, esteve muito recuado e deu pouca assistência aos atacantes, tanto Diego Souza quanto os dois ponteiros. Estes, por exemplo, mostraram destaque apenas de Ferreira que com poucos lances demonstrou sua capacidade.
O mais importante no jogo foi mais uma atuação do goleador Diego Souza. Vive uma grande fase e sabe fazer gols. Volto a repensar a questão da aparente queda de preparo físico a partir da metade da segunda etapa. O Grêmio vai para a segunda partida da decisão, com vantagem na Arena. Mas, cuidado, ano passado perdemos em casa o segundo jogo.