O Grêmio fracassou tentativa de chegar a sua quarta semifinal de Libertadores consecutiva. Na noite dessa quarta-feira (16), o Tricolor foi dominado pelo Santos na Vila Belmiro e teve o sonho do tetra da América interrompido ao sofrer uma goleada por 4 a 1.
Kaio Jorge, aos 11 segundos de jogo, e Marinho, aos 15 minutos, abriram vantagem cedo para os paulistas. Sem reação, o time gaúcho viu o placar ser ampliado no começo da etapa final, quando Kaio Jorge marcou novamente e acabou com qualquer esperança de classificação gremista. Thaciano ainda chegou a descontar, mas o zagueiro Laércio garantiu a goleada que justificou a superioridade demonstrada pelo Peixe ao longo de todo o confronto de quartas de final.
Após empate alcançado nos minutos finais com atuação ruim na Arena, o Grêmio foi a Vila Belmiro tendo na volta de Jean Pyerre a grande esperança para conseguir a classificação para a semifinal da Libertadores. A presença do camisa 10 deu apenas uma falsa sensação de que o Tricolor poderia recuperar seu melhor nível de jogo.
Depois de levar 5 a 0 do Flamengo na semifinal do ano passado, o Grêmio voltou a deixar a Libertadores sofrendo goleada. Capitão da equipe, o zagueiro Geromel tentou explicar a nova eliminação com placar elástico.
— As coisas não correram bem hoje (quarta), não entramos bem desde o começo do jogo. Sofremos dois gols que mudaram nossa estratégia. A gente vinha em uma sequência sem perder, mas o Santos fez por merecer. Não era o que queríamos, mas temos de olhar para frente. Temos o Brasileirão pela frente e a semifinal da Copa do Brasil — afirmou na saída do gramado o camisa 3, que teve David Braz como companheiro de zaga na Vila Belmiro.
O técnico Renato Portaluppi, que havia declarado antes da primeira partida contra o Santos que o Grêmio jogava o melhor futebol do Brasil, admitiu a superioridade do adversário. Sobre Jean Pyerre, ele garantiu que o meia estava 100% recuperado da lesão, mas apontou a falta de ritmo como um fator para a sua má atuação.
— Tecnicamente, sim, ele estava 100%. Fisicamente também estava, não sentiu nada, tanto que estávamos tendo todo o cuidado com ele. O único problema do Jean Pyerre era que ele ficou muito tempo parado e o ritmo pesa. O problema foi termos tomado o gol tão cedo. Quando você leva um gol cedo, a estratégia vai por água abaixo. Mas temos de reconhecer a superioridade do adversário. Eles merecem e temos de reconhecer. Estamos tristes, mas precisamos reagir. O Grêmio estava em três competições, mas ainda tem duas. O Grêmio é grande e precisa reagir. Estamos tristes, mas devemos levantar a cabeça — disse o treinador, que rechaçou que a eliminação com goleada tenha sido um vexame:
— O Grêmio está firme e forte. Não é por causa dessa derrota que vamos achar que está tudo errado. A gente aprende com os erros e vamos conversar para que isso não se repita. Eu confio no meu grupo e defendo. Quando ganha, ganhamos todos. Quando perde, perdemos todos.
— Nessas horas tem gente que gosta de apunhalar e falar algumas palavras mais fortes. Sei lá o que passa na cabeça de certas pessoas. O Grêmio não dá vexame. O Grêmio tem um problema que é chegar em todas as competições, esse é o vexame que o Grêmio dá — completou.
O Grêmio terá de se recuperar rápido do trauma da goleada sofrida na Vila Belmiro. Neste sábado (19), o Tricolor entrará em campo pelo Brasileirão para encarar o Sport, na Ilha do Retiro. A atenção principal do clube, no entanto, está no confronto da semifinal da Copa do Brasil com o São Paulo. O jogo de ida com os paulistas ocorrerá já na próxima quarta-feira (23), na Arena. A volta, no Morumbi, será na semana seguinte.