A polêmica arbitragem de Rafael Traci, no campo, e de Elmo Resende, no VAR, durante o empate entre São Paulo e Grêmio segue repercutindo no vestiário gremista. Após críticas públicas do presidente Romildo Bolzan, que pede a anulação da partida, o departamento jurídico do clube encaminhou um ofício, junto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), reiterando a insatisfação do clube com o desempenho dos árbitros e pela troca da escala, a partir de um pedido do clube paulista.
Na tarde desta quarta-feira (21), antes do treino que finalizará a preparação do Grêmio para a partida contra o América de Cáli-COL, Pedro Geromel concedeu entrevista coletiva e foi questionado sobre as polêmicas. Entretanto, o capitão da equipe preferiu desconversar sobre o assunto e deixou nas mãos da diretoria a responsabilidade de falar sobre o tema.
— Esse assunto já tomou muito do nosso tempo. A diretoria do clube já se posicionou, e a partir de agora deixaremos tudo com eles — afirmou.
Seguindo a linha do técnico Renato Portaluppi, Geromel não quis criticar a arbitragem brasileira. Porém, ressaltou que a utilização do VAR, além de precisar ser aperfeiçoada, deve ser mais clara e transparente para os jogadores.
— As regras precisam ser claras. (O VAR) Tem que ser mais transparente. O São Paulo reclamou porque foi lesado, nós fomos lesados e estamos reclamando. Não estamos afirmando que esteja havendo favorecimento para um ou para outro time, mas que muitos erros estão acontecendo. O VAR veio para ajudar o futebol, e espero que essa fase de transição passe logo e que realmente ele ajude — revelou.
O departamento jurídico do Grêmio enviou na segunda-feira (19) um requerimento junto a CBF, solicitando algumas informações sobre o que ocorreu durante os 90 minutos da partida e da reunião que alterou a escala de arbitragem do VAR. Até o momento, de acordo com os advogados do clube, não houve retorno por parte da entidade. O clube também entrou com pedido no STJD pedindo anulação da partida, mas o presidente do Tribunal, Otávio Noronha, não aceitou e afirmou que trata-se de um "erro de interpretação, não de direito".