No futebol, é comum ver um ex-jogador apostar na carreira de treinador. O atual comandante do Grêmio, inclusive, é um destes casos: Renato Portaluppi. Não são tantos casos, no entanto, de atletas que, assim como Marcelo Oliveira, se aventuram nos gabinetes diretivos ao pendurar as chuteiras.
GZH recorda cinco exemplos de dirigentes que, antes de atuar no departamento de futebol, defenderam a camisa tricolor dentro dos gramados. Confira:
Luiz Carvalho
Centroavante gremista nos anos 1920 e 1930, Luiz Carvalho é até hoje o maior artilheiro da história do clube nos clássicos Gre-Nais, com 15 gols. Chegou a jogar por Vasco e Botafogo, mas retornou a Porto Alegre para pendurar as chuteiras.
Torcedor fervoroso, assumiu como técnico interino na década de 1940, mas foi como diretor de futebol que revolucionou o clube. Na sua gestão, o ex-companheiro de time Oswaldo Rolla (Foguinho) assumiria o vestiário, levando o time ao pentacampeonato estadual. Em 1974, acabaria eleito presidente do Grêmio. Não à toa, o atual Centro de Treinamentos, inaugurado em 2014, leva seu nome.
Milton Kuelle
Meio-campista nas décadas vitoriosas de 1950 e 1960, Milton Kuelle aventurou-se como técnico da equipe entre 1972 e 1973. Era uma época de "vacas magras" no Estádio Olímpico, com o rival Inter enfileirando títulos gaúchos.
A passagem do ex-jogador pelo departamento de futebol, porém, se mostraria muito mais bem-sucedida. Em 1981, quando o Tricolor conquistou seu primeiro Brasileirão, Kuelle figurava como diretor de futebol. Anos depois, em 1999, ocupava o cargo quando o time se sagrou campeão gaúcho e da Copa Sul. Sua última passagem pela direção se deu em 2008, como assessor de futebol.
Mário Sérgio
Já no fim de sua carreira como jogador, em 1983, Mário Sérgio chegou ao Grêmio para conquistar o maior título de sua carreira: o Mundial de Clubes. Em 2005, assumiu como diretor de futebol em um momento dramático do clube: a tarefa era montar o time que disputaria a Série B. Deixou o cargo na metade do ano. O antigo meia-esquerda voltaria a Porto Alegre como rival, já na função de treinador — comandou o Inter em 2009.
Mauro Galvão
Embora tenha sido revelado no Beira-Rio, o zagueiro Mauro Galvão passou duas vezes pelo Estádio Olímpico, tendo sido campeão do Brasileirão de 1996 e das Copas do Brasil de 1997 e 2001. A passagem vitoriosa rendeu um convite para assumir como diretor-executivo em 2009, no lugar de Rodrigo Caetano. Acabaria desligado do cargo ao final da temporada.
Valdir Espinosa
O cargo de coordenador técnico, que será ocupado por Marcelo Oliveira a partir de agora, foi criado em 2016. Na época, a função foi entregue a Valdir Espinosa, que, antes de entrar para a história como o técnico campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes em 1983, foi lateral do Grêmio no início dos anos 1970. Espinosa, porém, deixou o cargo em agosto de 2017, insatisfeito com as funções que lhe foram atribuídas.