Pepê chegou a ser apontado como dúvida para o Gre-Nal 427. Mas, quando a bola rolou, ele não apenas se fez presente como marcou o único gol da partida, que decretou mais uma vitória do Grêmio sobre o Inter.
Apontado na Arena como o sucessor de Everton, vendido ao Benfica em agosto, o jovem de 23 anos participou de seu 10º clássico — na maioria das vezes, entrando no segundo tempo. Na última quarta-feira (23), viveu pela primeira vez a emoção de balançar as redes coloradas. Para se ter uma ideia, Cebolinha foi marcar seu primeiro e único gol em clássicos na oitava participação. Ao todo, esteve em campo por 19 Gre-Nais.
— O Everton é um grande jogador, sempre me ajudou bastante desde que estava aqui. Ajudava em treinos, jogos. Pude aprender muito com ele e agora posso implementar no dia a dia — declarou o próprio Pepê.
GZH analisou os números apresentados pelos dois jogadores nos confrontos deste ano pela fase de grupos da Libertadores. No primeiro jogo, em março, Everton foi o titular na Arena. No segundo, no Beira-Rio, Pepê. Confira as diferenças e semelhanças entre eles:
Mapa de calor
Para tornar a comparação mais fiel, é preciso confirmar que ambos não foram escalados em diferentes setores da equipe. Analisando o mapa de calor elaborado pelo site SofaScore, fica evidente que há algumas pequenas aparições do lado direito, com Everton caindo um pouco mais pelo meio, mas preferencialmente os dois ocuparam a mesma faixa de campo, à esquerda do ataque.
Há uma pequena diferença com relação ao minutos no gramado. Enquanto Cebolinha atuou os 90 minutos, Pepê foi substituído aos 37 do segundo tempo, quando Renato colocou Luiz Fernando em seu lugar.
Números
Embora tenha jogado por menos tempo, Pepê tocou o mesmo número de vezes na bola que seu antecessor: 36. Everton leva uma pequena vantagem na quantidade de passes dados (13 contra 12), mas um índice bem maior de acerto neste quesito (86,7% contra 63,2%). O antigo camisa 11 também sofreu mais faltas (quatro contra uma) e perdeu menos a bola (10 contra 13). A participação de seu sucessor, contudo, foi mais efetiva.
Além de ter marcado um gol com o mesmo número de finalizações (duas), Pepê teve um índice maior no acerto de dribles — acertou três de seis tentativas, enquanto Everton acertou os mesmos três em oito tentativas. Por fim, Pepê teve maior participação no jogo defensivo, cometendo duas faltas e desarmando uma vez a mais do que o antigo titular.
Confira os números de Everton e Pepê nos Gre-Nais da Libertadores:
Everton / Pepê
90 minutos / 82 minutos
Gol: 0 / 1
Finalizações: 2 (nenhuma no gol) / Finalizações: 2 (1 no gol)
Assistências: 0 / 0
Toques na bola: 36 / 36
Passes certos: 13 (86,7% de acerto) / 12 (63,2% de acerto)
Cruzamentos: 0 / 0
Tentativas de drible: 8 (3 certas) / 6 (3 certas)
Perda de posse de bola: 10 / 13
Faltas cometidas: nenhuma / 2
Faltas sofridas: 4 / 1
Desarmes: 1 / 2
*Números do SofaScore