No quarto clássico disputado neste ano, o Grêmio levou a melhor pela terceira vez. A superioridade que se vê expressa nos números também se reproduziu dentro de campo, na Arena, onde o Tricolor construiu uma vitória por 2 a 0.
GaúchaZH enumera cinco motivos que ajudam a explicar por que a equipe gremista saiu vencedora do Gre-Nal 426 e, consequentemente, conquistou o segundo turno do Gauchão.
Solidez defensiva
Embora não tenha entregue a bola ao adversário, o Grêmio soube se defender muito bem. Sem ser afobado, fechou-se em duas linhas de quatro e bloqueou as linhas de passe do rival. Assim, não restava outra alternativa ao Inter que não fossem as finalizações de longa distância. A dupla de zaga formada por Geromel e Kannemann conseguiu anular o peruano Guerrero novamente.
Marcação na saída de bola adversária
Sabedor da intenção do técnico adversário de sair trocando passes desde a defesa, Renato Portaluppi mandou seus jogadores de frente marcarem a saída de bola rival. Assim, na cobrança de tiro de meta, quando os zagueiros colorados se aproximavam do goleiro Marcelo Lomba para receber o passe, Diego Souza, Alisson e Everton acompanhavam de perto. Sem alternativas, o goleiro do Inter rifava a bola em um lançamento.
Qualidade individual
É inegável que o Grêmio possui mais jogadores com capacidade de desequilibrar uma partida por conta de seu talento individual. Além dos jovens Matheus Henrique e Jean Pyerre, que foram mais tímidos nesta quarta-feira (5), ainda há Everton. Dos pés do camisa 11, nasceram as jogadas dos dois gols. Com capacidade de pegar a bola e partir para cima em velocidade e dribles, Cebolinha chamava a atenção de mais de um marcador, abrindo espaços no campo para que outros atletas brilhassem. Assim, Maicon invadiu a área sozinho para abrir o placar.
Entrosamento
Dos jogadores escolhidos para entrar em campo, apenas três não estavam na Arena no ano passado: Vanderlei, Orejuela e Diego Souza. Do lado colorado, a lista era bem mais extensa: Rodinei, Moisés, Musto, Marcos Guilherme, Boschilia e Thiago Galhardo. O Grêmio mantém uma base de time e um modelo de jogo que se iniciou ainda em 2016, contribuindo até para que garotos, como Isaque, entrem e encaixem sem problemas.
Confiança
Mesmo que tenha sofrido críticas pontuais recentemente, o elenco tricolor está mais calejado em decisões e, principalmente, em clássicos. O fato de chegar à partida desta quarta com oito jogos de invencibilidade contra o maior rival transfere o peso para o outro lado. Mais leve, o Grêmio pôde aplicar o seu jogo de maneira tranquila, construindo um resultado que, no final das contas, poderia ter sido até mais elástico.