Por conta da crise financeira gerada pelo coronavírus, o Grêmio teve que remanejar investimentos. Todos os departamentos tiveram que rever gastos. O departamento de futebol também entrou na lista de reduções. Algumas renovações foram priorizadas, as que necessitavam de maior urgência. A extensão de contrato com Pepê, que já estava em discussão, por causa da pandemia, ficou deixada em compasso de espera, mas será retomada nos próximos dias pela direção.
O vínculo atual com o atacante vai até o final de 2022. Detentor de 70% dos direitos econômicos do atleta, o Tricolor entende que ainda não há urgência no processo, pois restam 30 meses para a conclusão do atual acordo.
Na última semana, o representante do jogador, Adriano Spadoto, estava na capital gaúcha. De acordo com o vice-presidente de futebol gremista, Paulo Luz, a pauta não foi renovação:
— Assunto de economia interna — resumiu o dirigente à GaúchaZH.
O procurador foi contatado pela reportagem, mas não houve resposta. Pepê já foi especulado na Alemanha, Espanha e no Porto, de Portugal.
O Foz, clube paranaense que revelou o jogador, ainda mantém cerca de 30% dos direitos. Segundo o presidente do time da cidade turística, Arif Osman, há muitas consultas de interessados no atacante, mas nada oficial chegou até o momento. O mandatário descarta negociar com o Tricolor uma fatia maior do jovem.
— Não tem chance vender alguma parte. O Foz quer lucrar com uma futura venda — disse Arif Osman.
Pepê está desde 2016 em Porto Alegre. Realizou 87 partidas e marcou 18 gols com a camisa gremista. A multa rescisória atual é de 50 milhões de euros (cerca de R$ 307 milhões na cotação atual) e deverá ser aumentada no novo vínculo, que será encaminhado entre as partes nos próximos dias.