O início da década do Grêmio era da busca por títulos de expressão, algo que não ocorria desde a conquista da Copa do Brasil de 2001, com o técnico Tite. As contratações naquele período não tinham nomes tão impactantes e, por isso, as primeiras que marcaram chegaram em 2013, ano da inauguração da Arena.
Naquele ano, o então presidente Fábio Koff e o técnico Vanderlei Luxemburgo tinham o desejo de montar uma superequipe para disputar a Libertadores e conquistar algum título na primeira temporada da casa nova. Em fevereiro, o clube anunciou a chegada do argentino Hernán Barcos, assim como de outros vários atletas consagrados. Ele foi o único que deu certo daquele pacotão, tornando-se o maior artilheiro estrangeiro da história do clube.
No fim do ano, o desconhecido Pedro Geromel foi contratado sem que ninguém imaginasse que ele se tornaria ídolo em Porto Alegre. Depois, no fim de 2014, o clube anuncia o retorno do meia Douglas. No ano seguinte, apresenta o volante Maicon e, em 2016, chega o zagueiro Kannemann, completando o top-5 de contratações do Grêmio na década.
Os jogadores:
2013 – Barcos
O anúncio da contratação do centroavante argentino Hernán Barcos foi celebrado pela torcida do Grêmio, que recebeu de braços abertos o vice-artilheiro do Brasileirão do ano anterior, com 17 gols. Ele chegou ao Rio Grande do Sul vindo do Palmeiras, em um troca que envolveu a ida do zagueiro Vilson, do atacante Leandro, do volante Léo Gago e do meia Rondinelly ao Verdão, além de uma quantia em dinheiro.
Ao longo dos pouco mais de dois anos que o Pirata permaneceu em Porto Alegre, tornou-se o maior artilheiro estrangeiro da história do clube. Até mesmo por isso, é impossível deixá-lo de fora da lista dos principais reforços — que deram certo — da década tricolor.
2013 – Geromel
Para não dizer ninguém, poucos conheciam o zagueiro Pedro Geromel quando ele chegou ao Grêmio, em dezembro de 2013, vindo do Mallorca, da Segunda Divisão da Espanha. À época com 28 anos, o jogador havia atuado no país apenas até os 18, na base do Palmeiras. Depois, rodou por clubes europeus até parar no Tricolor.
Em Porto Alegre, fez história. Tornou-se ídolo e esteve presente na retomada dos títulos de expressão, com as conquistas da Copa do Brasil de 2016, da Libertadores de 2017 e da Recopa Sul-Americana de 2018. Além de ter feito parte da seleção do Brasileirão por três anos consecutivos (2016, 2017 e 2018). Hoje, é o capitão da equipe e uma das referências do time de Renato Portaluppi.
2014 – Douglas
O retorno do meia Douglas ao clube foi confirmado no fim de 2014, como uma exigência do técnico Luiz Felipe Scolari para a temporada seguinte. Ele havia feito uma boa Série B pelo Vasco e Felipão desejava contar com o o camisa 10, que à época tinha 32 anos.
Na segunda passagem pelo Grêmio, o Maestro foi peça fundamental na equipe campeã da Copa do Brasil em 2016. Tanto que o jogador foi eleito o melhor da competição pela CBF. Nas temporadas seguintes, conviveu com lesões e acabou deixando o clube no fim de 2018 para atuar no Avaí. Mas, inegavelmente, foi um dos reforços mais importantes da década gremista.
2015 – Maicon
Criticado no São Paulo, o volante Maicon chegou ao Grêmio por empréstimo em março de 2015. Fez uma boa temporada com a camisa tricolor e foi comprado no final do ano por R$ 7 milhões. De um atleta relegado no clube paulista, virou uma liderança no time gaúcho e assumiu a braçadeira de capitão.
Foi um dos principais jogadores da equipe campeã da Copa do Brasil de 2016 e da Libertadores de 2017, quando cedeu seu lugar entre os titulares para Arthur, que despontava naquele momento e cavava espaço no time. Além da importância dentro de campo, o atleta ajudou a moldar garotos da base para o estilo de posse de bola que o Grêmio adotou nas últimas temporadas, com Renato Portaluppi.
2016 – Kannemann
O Grêmio sofria com a bola aérea em 2016 até a chegada do gigante argentino Walter Kannemann, de 1m83cm. Vindo do Atlas, do México, quando o zagueiro canhoto foi contratado dizia-se que ele poderia jogar também na lateral esquerda — algo que quase não aconteceu com a camisa tricolor.
Logo virou titular ao lado de Geromel e conquistou a torcida pelo ótimo desarme e a parceria de sucesso com o companheiro de defesa. Juntos, venceram Copa do Brasil, Libertadores, Recopa Sul-Americana e dois Estaduais. Pelas boas atuações com a camisa gremista, tem sido convocado frequentemente pela seleção argentina. Assim, Kannemann também não poderia ficar de fora das principais contratações do clube na década.