Na derrota para o Flamengo no último domingo (17), o técnico Renato Portaluppi apostou na estratégia de encher o time de atacantes ao final do jogo. Em busca do empate, o Grêmio terminou a partida com três centroavantes: Luciano, Vizeu e André, que se juntaram a Everton, Pepê e Alisson no setor ofensivo. Ao todo, foram seis atacantes e nenhum meia de origem entre os 11 que encerraram o confronto com os cariocas.
A estratégia não deu resultado. O Grêmio pressionou o Flamengo, mas criou poucas chances. Apenas duas finalizações foram ao gol na etapa final, nenhuma delas dos três centroavantes. Everton e David Braz foram os responsáveis por fazer o goleiro Diego Alves trabalhar no segundo tempo.
Após a partida, Renato Portaluppi explicou sua ideia, mas admitiu que o resultado não foi o esperado. O treinador ainda ressaltou a dificuldade que tem tido em relação aos seus meias pelas lesões de Luan e Jean Pyerre. Tardelli, que iniciou o jogo nessa função, foi substituído no intervalo após má atuação no primeiro tempo.
— Eu sei que no momento em que se empilha atacantes pode faltar gente para municiar esses jogadores. A leitura que eu tive foi empurrar os zagueiros deles para obrigar o Flamengo a ir para trás. Meus dois meias de ofício estão no departamento médico, o Luan e o Jean Pyerre. Aí fica difícil. Por isso, a ideia foi botar o adversário dentro da área para termos as jogadas pelos lados — explicou.
A dificuldade com meias deverá seguir para Renato Portaluppi até o final do ano. Luan não jogará mais em 2019, enquanto Jean Pyerre ainda está na fase final de recuperação de lesão muscular. Ele pode voltar a treinar nesta semana, mas dificilmente ficará à disposição para o jogo contra o Palmeiras, no domingo, no Allianz Parque.