Nos primeiros 45 minutos de Grêmio x Flamengo, na Arena, pelo jogo de ida da semifinal da Libertadores, o VAR entrou em ação em três oportunidades. O árbitro argentino Néstor Pitana fez a checagem do vídeo duas vezes, além de ouvir os auxiliares na sala do VAR para outra decisão.
No primeiro lance, que resultou bola na rede de Everton Ribeiro, Gabigol cometeu falta em Kannemann antes da finalização da jogada.
— O empurrão do atacante no zagueiro Kannemann foi indiscutível. Fora da disputa de bola, o jogador do Flamengo colocou as duas mãos no peito do defensor, que foi deslocado da jogada. Pitana olhou no vídeo e anulou corretamente — afirma Diori Vasconcelos, colunista de GaúchaZH e comentarista de arbitragem.
Em outro lance, Gabigol foi novamente protagonista. Desta vez, o camisa 9 marcou o gol flamenguista, mas o impedimento foi marcado.
— Importante dizer que o impedimento foi marcado no campo pelo bandeira Juan Pablo Belatti e apenas ratificado pelo árbitro de vídeo. O atacante flamenguista estava com o calcanhar direito à frente. Lance de alto grau de dificuldade, o que valoriza o acerto no campo e justifica o recurso do vídeo — destaca Diori.
Na parte final do primeiro tempo, Michel atingiu Gerson. A falta foi marcada e o VAR chamou o árbitro principal para checar o lance, para possível expulsão do jogador gremista.
— O terceiro lance é o mais interpretativo de todos. O juiz principal foi chamado para revisar um possível cartão vermelho do volante Michel. Considero que o amarelo tenha sido a punição correta para o volante gremista. O camisão 5 atingiu Gerson com as travas da chuteira, mas há algumas características que direcionam para essa interpretação. Michel não atinge a perna do adversário longe do chão. Ele está com o calcanhar no gramado em consequência de um bote errado. O pisão não é no meio da perna e ele não faz a força típica de quem tem a conduta violenta. A expulsão seria um exagero — pondera Diori Vasconcelos.