Com Felipão do lado gaúcho e a poderosa Parmalat no clube paulista, Grêmio e Palmeiras fizeram a maior rivalidade entre clubes brasileiros nos anos 1990. Na Copa do Brasil, foram seis duelos entre 1993 e 1996. O confronto se repetiu ainda nas quartas de final da Libertadores de 1995 e na mesma fase do Brasileirão de 1996. GaúchaZH relembra 10 momentos marcantes destas partidas:
1) Primeiro confronto no mata-mata
A rivalidade iniciava nas quartas de final da Copa do Brasil de 1993. Luxemburgo treinava o Palmeiras e Sérgio Cosme comandava o Grêmio. Após empate nos dois jogos — ida no Parque Antártica, volta no Olímpico —, a vaga na semifinal ficou com o Tricolor, nos pênaltis, em Porto Alegre.
2) Goleada histórica
Apesar de ser confronto de ida das quartas de final da Libertadores de 1995, apenas 16 mil torcedores estiveram no Estádio Olímpico para assistir a uma das maiores vitórias do Grêmio na história da competição: 5 a 0, com três gols de Jardel, um de Arce e outro de Arílson. O jogo foi em 26 de julho.
3) Rivaldo expulso
A partida do 5 a 0 em Porto Alegre foi tensa. Com 17 minutos do primeiro tempo, Rivaldo deu uma entrada violenta em Rivarola e foi expulso direto pelo árbitro carioca Cláudio Vinícius Cerdeira.
4) Dinho e Válber, com "pitadas" de Danrlei
Dez minutos depois da expulsão de Rivaldo, Dinho (Grêmio) e Válber (Palmeiras) trocaram socos fora do lance da bola. Os dois foram denunciados pelo bandeirinha e acabaram expulsos. Como cada um saiu por um lado do gramado, se reencontraram atrás de um dos o gols. No reencontro, mais confusão. E dessa vez com a participação de Danrlei, que foi para cima do atacante palmeirense. A nova briga deixou o jogo paralisado por mais 15 minutos.
5) Show de Jardel
Com um a mais, o Grêmio sobrou no segundo tempo e Jardel marcou três vezes de cabeça, atordoando o goleiro Sérgio.
6) Goleada paulista no jogo de volta
Poucos imaginavam que, após a goleada por 5 a 0 em Porto Alegre, a partida de volta, em 2 de agosto, ainda reservava emoções. Em São Paulo, o Palmeiras transformou o antigo Parque Antártica em um caldeirão e venceu por 5 a 1, quase revertendo a desvantagem que levou de Porto Alegre.
7) Murilo com o dedo quebrado
Danrlei foi suspenso pela Conmebol para o jogo de volta mesmo sem ter sido expulso em Porto Alegre. O reserva Murilo ainda se recuperava de uma fratura em um dos dedos da mão direita e foi para o sacrifício. Isso porque o terceiro goleiro, Antônio Carlos, estava em processo de recuperação de uma cirurgia, e Silvio não havia sido inscrito na Libertadores. Murilo tomou cinco gols, sem culpa em nenhum deles.
8) Jardel de novo
A vaga no tempo normal, evitando a disputa de pênaltis, se deu graças ao gol de Jardel, o primeiro do jogo. Ele escorou falta cobrada por Arce. E não foi de cabeça. Meio de coxa, meio de cintura.
9) Semifinal palmeirense
Um ano depois, Grêmio e Palmeiras faziam a semifinal da Copa do Brasil. Depois de fazer 3 a 1 em São Paulo, o time paulista segurou a vantagem em Porto Alegre. Os gaúchos venceram por 2 a 1 e chegaram a marcar o terceiro, aos 49 minutos do segundo tempo, o que levaria a partida para os pênaltis. Mas o lance foi anulado pelo bandeira Paulo Jorge Alves, que marcou impedimento (inexistente) de Jardel. O árbitro cearense Francisco Dacildo Mourão confirmou a anulação. Revoltados, os gremistas tentaram agredir a arbitragem – depois do jogo, alguns conseguiram driblar os seguranças para atacar os palmeirenses no túnel de acesso ao vestiário.
10) No mesmo ano, o troco
Cinco meses depois, Grêmio e Palmeiras de novo frente a frente, agora pelas quartas de final do Campeonato Brasileiro de 1996. Sem sustos e sem a interferência da arbitragem, o Tricolor fez 3 a 1 no Olímpico, gols de Émerson, Zé Afonso e Goiano, com Luizão descontando. Na volta, Elivélton fez o gol palmeirense, mas vaga era do time treinado por Felipão, que dias depois conquistaria o último brasileiro gremista até hoje.