Um dos jogadores mais importantes do elenco do Grêmio, pela liderança e qualidade técnica, o volante Maicon vem sendo substituído constantemente. Na tarde desta sexta-feira (19), o capitão gremista revelou as razões que os estão forçando a deixar os jogos antes do final.
—Carro velho precisa de manutenção. Eu venho há mais ou menos um mês e pouco que venho com dores no joelho, que vem me atrapalhando. Estou tratando, fazendo fisioterapia e reforço. Já melhorou bastante. Nestes últimos jogos, nem foi por causa do joelho. Eu tive cãibra, que não é normal. Mas devido às dores, tem que treinar menos, mas já estou me preparando para que eu possa aguentar os 90 minutos nos próximos jogos —disse o volante.
Segundo o jogador de 33 anos, o que mais incomoda é a tendinite.
—A tendinite é no joelho esquerdo. No direito, foi uma pancada que tomei no jogo contra o Juventude, que já melhorou porque tem bastante tempo. Mas a tendinite ainda me incomoda, já venho sentindo há alguns anos. Devido ao desgaste, treinar e jogar, chega uma hora que não aguenta. Até os mais novos têm. Agora, é tratar e cuidar para que isso não me incomode e eu possa jogar os 90 minutos —afirmou.
Titular absoluto do meio-campo gremista e responsável por ditar o ritmo da equipe, Maicon acredita que o ingresso de Matheus Henrique possa facilitar a sua forma de jogar.
—O Matheus é um jogador de muita qualidade, que não se aperta com a bola, gosta de jogar, tem personalidade. Vai crescer muito ainda. Ele está fazendo um grande trabalho e está me ajudando bastante porque também tem características parecidas, de gostar de sair com a bola, de jogar, de fazer 1-2, tocar e aproximar. Com os treinamentos e jogos, a gente vai se entrosar mais —garantiu o jogador, que tem contrato com o Grêmio até o final de 2021.
Como um bom líder de grupo, Maicon também saiu em defesa de Luan, que ficou afastado de alguns jogos para realizar trabalhos físicos.
—Ele saiu e podem achar que o problema é o Luan, que a culpa é dele. Não. A nossa equipe fez dois jogos abaixo do que a gente estava acostumado a fazer e aí gera toda aquela cobrança que aconteceu. E no meu modo de ver, foi um pouco de exagero, até porque é natural do futebol alternar momentos bons e ruins. Nos últimos dois anos, ele (Luan) e o Everton foram os dois melhores do time e nós queremos que ele volte bem, ele sabe que é importante. Logo, estará jogando todo o futebol que a gente sabe que ele tem.
Sobre o confronto decisivo contra o Libertad, na próxima terça-feira (23), em Assunção, o capitão tricolor acredita que o título gaúcho possa ser um bom combustível.
—A gente teve um início muito ruim, mas é bom que depende só da gente. Com essa conquista (Gauchão), a gente vai muito mais confiante para esse jogo da Libertadores —conclui o jogador, que diz querer encerrar a carreira no final de 2022.