Muito se falou nos últimos dias acerca da venda do atleta Tetê, principalmente por se tratar de um jogador de 21 anos e também pelo valor da negociação. Há algumas questões que merecem ser abordadas nesta transação, mas, inicialmente, quero dizer que a entrevista concedida por Renato botou água fria na fervura da discussão.
Um dos principais requisitos para que um profissional permaneça no clube que o tem por contrato, sem dúvida, é o desejo do mesmo em trabalhar, respeitando os regramentos do seu empregador. O Grêmio estabeleceu um verdadeiro plano de carreira para Tetê, buscando aprimorar sua condição de profissional de futebol e dar-lhe a devida experiência. Salvo raríssimas exceções, quando surgem jogadores extraclasse, como foi o caso de Ronaldinho, fura-se a fila e queimam-se algumas etapas.
Em tese, não era o caso de Tetê, pelo menos por enquanto. Na medida em que Renato afirma que nem o atleta nem seu procurador admitiam as regras do clube para o encaminhamento profissional do menino, cria-se uma inegável situação de constrangimento interno. Ainda mais que na saída, a entrevista de Tetê foi pelo menos infeliz. Ficou claro o seu descontentamento.
Boa quantia financeira
Não posso criticar a transação, por conhecer o vestiário internamente e, especialmente, pelo fato de que o negócio envolveu uma boa quantia financeira para o clube. Se Tetê se tornar um Ronaldinho, poderá vir a ser um mau negócio.
Caso contrário, mantendo a média atual, terá sido um negócio razoável para ambas as partes. Somente o tempo dirá.