O piauiense Rômulo, 28 anos, 1m87cm, é o mais novo candidato a ingressar na lista de jogadores recuperados por Renato Portaluppi. Único estreante na equipe alternativa do Grêmio que enfrentará o Novo Hamburgo, neste domingo (20), no Estádio do Vale, pela primeira rodada do Gauchão, o volante tentará dar o primeiro passo para retomar a trajetória iniciada no Vasco, em 2011, e que o levou à Seleção Brasileira e ao Spartak Moscou, da Rússia.
Repatriado pelo Flamengo, ficou longe de corresponder ao esperado pelos torcedores rubro-negros. No Grêmio, a expectativa é de que Rômulo possa repetir a trajetória de nomes como Léo Moura, Bruno Cortez e mesmo Ramiro, hoje no Corinthians, alguns exemplos de jogadores que, pelas mãos de Renato, recuperaram um espaço que já parecia perdido.
— Acima de tudo, espero que volte a confiança. Sem isso, o jogador não vai a lugar nenhum. A gente não desaprende a jogar bola — diz Rômulo, indagado sobre a importância que o treinador do Grêmio poderá ter em sua recuperação.
Nos dois treinamentos coletivos realizados nesta semana no CT Luiz Carvalho, Rômulo teve presença mais fixa na frente da área, com alto índice de acerto de passes. O jovem Matheus Henrique, o outro volante, ganhou mais liberdade de ação.
— Esta é minha função. Gosto de jogar de primeiro (volante). Ou mais solto. Vai depender do Renato — diz Rômulo.
Contratado em 2017 pelo Flamengo, foi suplantado, ao longo dos meses, por concorrentes como o colombiano Cuéllar e Willian Arão. No Brasileirão 2018, Rômulo atuou somente seis vezes, apenas uma delas por 90 minutos.
— Quando cheguei, tive uma boa sequência. Com os problemas físicos, passei um tempo sem atuar e outros atletas começaram a se destacar. Tive que respeitar a decisão dos treinadores — explica Rômulo.
Foi de Renato a opção por usar o time alternativo nos primeiros jogos do Gauchão, e não o de transição, como estava previamente ajustado no final do ano passado. O técnico preferiu não correr riscos de ter uma má largada no campeonato estadual e aposta na equipe usada nove vezes no último Brasileirão, com aproveitamento de 51,8% — quatro vitórias, dois empates e três derrotas.
— Deve ter pesado para isso a má campanha da transição no ano passado, nos deixando com um certo problema numa altura do Gauchão. Graças a Deus, acabamos como campeões — diz o vice de futebol, Duda Kroeff.
Renato, que passou por procedimento cardíaco no dia 5, para correção de arritmia, não abdicou da tarefa de, passadas apenas duas semanas da cirurgia, comandar o time.
— Campeonato é campeonato, título é título — valoriza o treinador, embora, aos olhos dos torcedores, competições como Libertadores, Copa do Brasil e Brasileirão tenham significado muito maior.