O atacante Everton tem uma certeza antes de enfrentar o Vasco, domingo (11), às 17h: jogará com muito mais ritmo do que nas últimas partidas, talvez com capacidade plena de mostrar o futebol que o transformou no principal jogador do Grêmio em 2018. Melhor condicionado fisicamente, Cebolinha espera voltar a ser destaque e ajudar em uma vitória que julga importantíssima para seguir na luta pela vaga no G-4 do Brasileirão.
— Agora eu tive um bom tempo para recuperar a forma física com trabalhos específicos. Estou retomando aos poucos. Estou melhor condicionado. Parei por três semanas, não são três dias — afirmou em coletiva após o treino desta quinta-feira (8).
Everton acredita que esta fase do campeonato tem partidas muito difíceis, mesmo quando se enfrenta equipes que estão em situação delicada, fugindo das últimas posições, como é o caso do Vasco. Por isso, evita falar antecipadamente no enfrentamento da próxima rodada, contra o São Paulo, que vale disputa de vaga direta à Libertadores.
— Sempre é difícil jogar com quem está na parte de baixo da tabela. Eles fazem o jogo da vida, seja dentro ou fora de casa. Temos que ganhar os três pontos para depois pensar no São Paulo que é confronto direto — disse.
Sobre a maneira de jogar dos vascaínos, Everton revela um misto de previsão com desejo, esperando boas oportunidades para contra-ataques.
— O time deles vem brigando por três pontos e precisa ir para o jogo. A gente acaba tendo mais espaço. Temos que buscar a posse de bola que é um ponto forte nosso e transformar em jogadas de ataque — declarou.
Ao falar de suas condições, melhores em relação aos últimos jogos, Everton revelou que ainda sofre, mas tenta superar o trauma da perda de um gol que seria decisivo no jogo contra o River, algo que lhe rendeu críticas e pressão de torcedores em redes sociais.
— Não dormi na noite do jogo não esqueci daquele lance. A gente tenta não pensar mas não consegue e fica mais chateado ainda. Eu poderia ter dado o meu melhor e não estava apto para fazer aquilo. Mas tem que levantar a cabeça. Tem muita água para rolar ainda. Eu não tinha as melhores condições. Fiquei chateado comigo mesmo. Eu sabia que não estava 100% — falou.
Everton também revelou a razão pela qual entrou na semifinal da Libertadores e a avaliação que foi feita por ele e pelo treinador gremista.
— Conversei com o Renato e só entrei para pegar ritmo porque tínhamos uma grande vantagem de 2 x 0 no placar agregado. Não havia treinado. As críticas vão existir sempre. Eu estou tranquilo quanto à isto — revelou.
O sonho de jogar a Libertadores está muito próximo de se realizar para 2019, mas Everton tem suas preferências. Ele quer entrar direto na fase de grupos e ter Renato como treinador.
— Entrar na pré-Libertadores é muito duro. A gente perde tempo e qualidade de trabalho, além de pegar viagens longas já na abertura. O Renato a gente quer que fique, né? Já conhecemos a metodologia de trabalho e ele conhece o grupo, todos os jogadores, mas ele é que sabe o que é melhor. Vamos ver o que vai decidir — finalizou.