O presidente Romildo Bolzan Júnior avaliou a vitória do Grêmio sobre o Atlético-MG, na retomada do Brasileirão. O time gaúcho fez 2 a 0 no mineiro, em partida válida pela 13ª rodada.
O primeiro assunto abordado pelo dirigente foi a maratona de jogos que o Tricolor terá nas próximas semanas. Romildo apresentou uma lista com as partidas e garantiu que é possível administrar a sequência, somando pontos no Brasileirão e avançando na Copa do Brasil e na Libertadores. Segundo ele, se sobreviver a esta etapa, terá passado a "mais difícil do ano, que é o mês de agosto".
— A recuperação técnica apareceu, a cultura tática está mantida. Quem apostou que a perda de Arthur iria desarticular o coletivo, se atrapalhou. O que nos desafia é a capacidade de equilíbrio e manutenção. Se repetirmos uma atuação como a de hoje, vamos ficar muito competitivos — declarou.
Sobre o assédio a Kannemann, que teria despertado interesse de clubes italianos, Romildo Bolzan lembrou que o Grêmio havia renovado o contrato do zagueiro em janeiro, depois do Mundial de Clubes.
— Se alguém pensa que o Grêmio não valoriza seus jogadores, está errado. O Grêmio sabe administrar, não precisa ninguém mandar letrinha. Grêmio está preocupado com isso, mas não está imune a ataques. O assunto surgiu sem falar com a gente. Procuraram direto o jornal. O André Zanotta (gerente executivo) ligou para o atleta e disse que não tinha nada. O que fica no entorno, nas redes sociais, essa a gente não domina. E isso atrapalha aos desavisados.
Ainda sobre o assunto, o dirigente preferiu por panos quentes nas declarações de Nestor Hein, diretor jurídico, que chamou de mentirosas as notícias sobre uma possível negociação do argentino:
— Não posso corroborar com a palavra mentira, falsidade. Se alguém publicou, alguém passou. O que reclamo é do vício de origem. Se quisessem começar, que viessem ao clube. Não é a imprensa que vai resolver o assunto. Isso gera agenda, discussão, assunto nas redes sociais.
Sobre a venda de Arthur, o presidente lamentou que o Barcelona tenha mudado os moldes da negociação, levando o jogador em julho depois de concluir o contrato para tê-lo em janeiro. Mesmo assim, garantiu que foi um bom negócio para o Grêmio, que agora superou os R$ 60 milhões estimados no orçamento com venda de atletas.
— Tínhamos pactuado uma situação, que era o Arthur ficar até o final do ano. Alterar isso não estava e me desagrada. O debate, tudo como foi, me desagrada. Foi bom para o Grêmio? Foi. Foi bom para o jogador? Foi. Melhor seria terminar como havia sido pactuado antes.
Romildo falou ainda que os investimentos em futebol devem continuar. Chegou a brincar, perguntando a André Zanotta se poderia anunciar um reforço. "Não? Ok", desconversou. Ele confirmou que houve uma reunião com o empresário do zagueiro Matias Antonini, que fez parte da categoria de base no Grêmio e outra parte na Itália, e hoje está sem clube. Mas, de acordo com o dirigente, não houve avanços.
O assunto Copa América também veio à tona, quando o presidente foi perguntado sobre o entorno da Arena:
— Se o Grêmio perder a Copa América, vai ser pela negligência do Poder Público. Não temos o mesmo tratamento que o co-irmão (referindo-se ao Inter).