O Grêmio aposta no fator Arena para tomar do Cerro Porteño a liderança do Grupo A da Libertadores. Após o empate por 0 a 0 nesta terça-feira, no Paraguai, Renato Portaluppi se disse satisfeito pelo resultado, que mantém sua equipe em segundo lugar na chave, com cinco pontos, a dois dos paraguaios. O que anima o técnico é que os próximos jogos com o Cerro e com o Defensor, que decidirão a classificação às oitavas, serão com o apoio da torcida em Porto Alegre.
Ao analisar a partida de ontem, em Assunção, Renato fez referência à entrega de seus jogadores, que mostraram sacrifício após a intensa partida no sábado, contra o Cruzeiro, pelo Brasileirão. Também destacou a competitividade da chave, que ficou embolada após a vitória do Defensor sobre o Monagas ontem.
— Com a vitória do Defensor, eles estão um ponto atrás da gente. O grupo está bem equilibrado, só o time da Venezuela que deu uma derrapada. Na Libertadores, você tem que carimbar a vaga, um ponto de vantagem não é muita coisa. Mas as equipes que estão brigando pela vaga jogarão conosco em Porto Alegre e não perdemos para eles fora. Eles vão ter que nos visitar na Arena e a história é diferente lá — observou Renato.
O diretor de futebol Alberto Guerra também se mostrou satisfeito pelo resultado no Paraguai.
— Não dá para lamentar um empate na casa do Cerro, com estádio lotado. Eles nunca perderam aqui em jogos oficiais. Sem dúvida, é um ponto conquistado — avaliou Guerra, que também reclamou de pênalti não marcado sobre Everton no primeiro tempo:
— Não foi só o pênalti, que é um lance capital e que se presume uma grande chance de gol, mas me chamou atenção que foram várias faltas para cartão. Poderia ter coibido mais a violência. Por isso que às vezes poupamos, os jogadores são caçados em campo.
O treinador destacou a exigência que o calendário começa a exercer sobre seu plantel. Na noite de ontem, Renato teve de poupar Maicon e Léo Moura por desgaste muscular. Com uma sequência intensa antes da parada para a Copa do Mundo, outros atletas podem ser preservados nas próximas partidas.
— Três dias atrás recém estreamos no Brasileiro. Tivemos viagens, treinamos no domingo e viemos para cá. Você precisa segurar um jogador ou outro, foi o que ocorreu com o Maicon e o Léo, que estavam com dores. Aí não adianta colocar no jogo, você não vai ter o jogador inteiro e ainda corre risco de lesão. Temos um grupo bom, quem entra dá conta do recado — entende Renato.