Criado na categoria de base do Juventude, nem em um pensamento tão otimista Ramiro Moschen Benetti acreditou que alçaria vôos tão altos em tão pouco tempo no Grêmio. Contratado junto com Follmann, Paulinho e Bressan, o volante tornou-se titular indiscutível em pouquíssimo tempo e atingiu uma marca histórica na classificação à final da Libertadores contra o Barcelona-EQU: 200 jogos com a camisa do Tricolor.
Em duas centenas de partidas, o atleta soma 18 gols e 10 assistências. No ano passado, sob o comando de Renato Portaluppi, conquistou o primeiro título profissional, a Copa do Brasil. Um ano depois, ele pode superar este feito, com uma vitória na maior competição da América.
— É uma satisfação enorme para mim (completar 200 jogos) que sou gaúcho e vivo de perto esse amor da torcida pelo time. Completar 200 jogos com a camisa do Grêmio é um sonho realizado. No ano passado, tive a oportunidade de conquistar o meu primeiro time com a camisa do Grêmio. Agora nós temos mais uma possibilidade muito grande. Não tem nem como dimensionar como vai ser o sentimento de dever cumprido se isto se concretizar — disse o atleta em entrevista ao GaúchaZH.
De olho no adversário da finalíssima, Ramiro assistiu à vitória heroica do Lanús sobre o River Plate e tratou de comparar com o Barcelona-EQU. De acordo com ele, os argentinos tem menos poder físico, mas mais qualidade técnica.
— Os argentinos têm características diferentes dos equatorianos. Eles têm uma posse de bola grande e mais qualidade técnica, mas não têm o poderio físico dos equatorianos (...) Eles arriscam bastante toques na parte defensiva. Eles usam muito o goleiro na posse de bola. O atacante deles tem faro de gol. Ele se posiciona muito bem e foi muito efetivo contra o River. Vai ser um grande jogo — projetou.
No próximo domingo (dia 5), o foco muda. O Grêmio enfrenta o Flamengo na Arena em jogo válido pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro. De acordo com o atleta, mesmo que o foco esteja na Libertadores, os gaúchos precisam se manter no G4, já que o título não está garantido e, a vaga para mais um torneio continental no ano que vem, também não.
— A gente não tem nenhuma certeza de que vamos ganhar a Libertadores. O nosso objetivo é esse, mas precisamos nos manter no G-4 para garantir a vaga do ano que vem — falou Ramiro.