Por mais que a Primeira Liga não empolgue o público, o Grêmio entra em campo nesta quarta-feira (30) pela competição bastante motivado. Isso porque, no gramado do Mineirão, às 21h45min, estará atuando um grupo de atletas ansioso por uma oportunidade na equipe profissional.
Até na casamata o sentimento será parecido. No lugar de Renato Portaluppi, Felipe Endres estará comandando o time. Que deve ir a campo com: Leo; Leonardo Gomes, Rafael Thyere, Bruno Rodrigo e Conrado; Kaio e Machado; Esperon (Dudu), Patrick e Jean Pyerre; Beto da Silva.
Leia mais:
Cruzeiro x Grêmio: tudo o que você precisa saber para acompanhar a partida
Mano Menezes comanda último treino antes de enfrentar o Grêmio
Com defesa reforçada, grupo de transição do Grêmio chega a Belo Horizonte para jogo da Primeira Liga
Confira abaixo o que Felipe Endres pensa sobre o duelo desta quarta:
Você já comandou o Grêmio contra o Ceará pela Primeira Liga. Esta experiência serve para o confronto com o Cruzeiro, nesta quarta?
Ajuda não só a mim, mas todo grupo de transição. Lá foi o nosso debut, sentimos o que é o clima de jogo em âmbito nacional e profisisonal. Isso, portanto, não vai ser estranho para ninguém.
A diferença é que, apesar da experiência adquirida no profissional, agora é no Mineirão.
Neste aspecto, sim. O Cruzeiro jogará com os reservas, segundo informações, e ouvindo rádio e torcedores, estavam falando que iriam ao jogo. Então com certeza vai ser diferente. Mesmo que sejam 5, 10 mil torcedores, vai ser diferente para nós.
Entrosamento será uma dificuldade para sua equipe?
É um time misto, do profisisonal e da base. Então com certeza o entrosamento vai ser uma dificuldade. Pretendemos superar com garra e conversa. Mas treinamos e o bom é que os meninos treinam em cima (com o profissional) eventualmente. Claro que no começo podemos sentir o entrosamento, mas passado alguns minutos isso passa.
O fato de o Cruzeiro não jogar com força máxima torna a equipe adversária um pouco mais imprevisível. Isso é um fator que dificulta sua missão?
A informação que temos é que virão com reservas, então a maioria dos jogadores conhecemos. A dificuldade será maior, talvez, para o Cruzeiro, uma vez que jogaremos com a transição. Não conhecemos o time exatamente deles, mas o trabalho do Mano. Sabemos como ele joga. O pessoal do CDD fez relatório, análise. Muda a característica no jogo, mas o "grande jogo", em termos coletivos, não muda muito. E sobre jogar contra equipes desconhecidas (em termos de escalação), é nosso dia a dia. Tu geralmente conheces um ou outro, então estamos acostumados com isso.
Muda algo na garotada por entrar em campo pelo time profissional?
Muda, até em termos motivacionais nos treinos. Os treinos são mais intensos por causa dessa motivação. É o jogo do ano para nós. Tinha sido contra o Ceará o jogo do ano, e agora tem este contra o Cruzeiro.
Guilherme Guedes, Conrado, Jean Pyerre e Patrick treinaram com a Seleção Brasileira, no CT Luiz Carvalho, na segunda. O que isso significou para os guris?
Teve significado especial em termos de visibilidade, formação, de poder estar ali onde todos gostariam de estar. Não teve preço, nada que pague. Em termos motivacionais, até pensando nesta quarta, estarão com motivação ainda maior. Se usarmos isso positivamente, podemos tirar algo a mais deles. Não em termos de responsabilidade, mas em termos de entrega.
*ZHESPORTES