A afirmação de Fábio Carille, que o Corinthians pensa jogo a jogo, enquanto Renato tem que pensar no segundo turno (pelo tamanho da vantagem da equipe paulista sobre o Grêmio na tabela do Brasileirão) deixa um sopro de esperança que o futebol esteja menos chato, previsível e burocrático. E tenho esperança, também, que esta declaração não gere polêmica excessiva, pois é excelente.
A frase de Carille é tão boa quanto a "provocação" de Renato, ao dizer que o Corinthians iria "despencar" na tabela - depois, acabou se corrigindo, dizendo que o time paulista iria tropeçar na tabela. Ora, é uma baita entrevista para motivar a torcida e o time. Ou você imagina o Renato indo para a coletiva e dizendo: "é, realmente, o Corinthians está com uma mão na taça, é difícil tirar o título deles"? Óbvio que não, essa é a graça da coisa. Renato não desrespeitou o time paulista, sabidamente.
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Assim como o comandante corintiano mandou bem na sua "resposta" e também não desrespeitou nossa equipe. Hoje, eles têm oito pontos na frente do Grêmio. Como ainda faltam cinco rodadas para o término do primeiro turno (15 pontos em disputa), é (muito) improvável que o Grêmio ultrapasse o Coringão antes de virar o turno. Renato motivou seu time, e sua torcida. E Carille, obviamente, não ia admitir que seu time não conseguirá manter o aproveitamento surreal que vem tendo. E, muito menos, ia dizer que o Grêmio, ou que qualquer outro time, lhe traz medo.
E a graça do futebol está justamente nisso, nessa saudável provocação, cada um do seu lado, defendendo o seu. Sem a coisa chata do politicamente correto. O futebol ainda suspira, aleluia.