O Grêmio continua sua perseguição ao Corinthians. Nesta quarta-feira, a equipe de Renato foi a Salvador e não se intimidou diante de um desesperado Vitória. Com autoridade, aplicou 3 a 1 – gols de Fernandinho, Arthur e Ramiro – e segue na luta pela liderança do Brasileirão.
A maturidade foi a marca do Grêmio no primeiro tempo. Mesmo com a inesperada ausência de Geromel, que sentiu desconforto muscular durante o aquecimento e deu lugar a Thyere, o time jamais se abalou e controlou o jogo com autoridade. Era o terceiro desfalque de uma equipe que já não contava com Michel, com virose, e Luan, com dores musculares pelo excesso de jogos. Assim, daquilo que convencionou-se chamar espinha dorsal, só ficou Lucas Barrios.
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Para superar tantas ausências, sobretudo a de Luan, seu centro criador, o Grêmio compôs uma eficiente linha de quatro jogadores no meio. Arthur e Ramiro, com rapidez e técnica, revezaram-se nas funções de marcar e criar, um ocupando a todo momento o espaço do outro e confundindo quem tentava marcá-los.
Fernandinho, em ótima fase, foi o atacante mais ousado e a todo instante buscava o arremate. Solidário, foi visto com frequência dando auxílio a Edilson. E Pedro Rocha cumpria a tarefa habitual de assustar marcadores em suas arrancadas.
Claro que marcar bem cedo o primeiro gol colaborou bastante para essa mecânica. A sete minutos, Fernandinho levou "tesoura" na entrada da área de Renê Santos, que leva cartão amarelo. Sua cobrança, certeira, encobriu a barreira e ficou longe do alcance de Fernando Miguel: 1 a 0.
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O Vitória tentou responder com Renê Santos, a 11 minutos, em chute sem direção. Fernandinho voltou a aparecer aos 24 e 28 minutos, em chutes defendidos por Fernando Miguel. Como em outras partidas fora de casa, o Grêmio resguardava-se e apostava em contra-ataques. Tarefa mais fácil de cumprir para quem, como ele, já estava em vantagem. Já o Vitória simplificava, em cruzamentos para André Lima e Trellez, ou em arremates de longe, principalmente com Cleiton Xavier. Levava mais perigo quando Caíque partia em velocidade com a bola pela direita. Uma equipe pouco inspirada, em resumo.
O Grêmio marcou o segundo gol como quem passeia. Maicon, que voltou bem, descobriu Pedro Rocha dentro da área, que fez o pivô para Fernandinho. Daí, surgiu a assistência para a conclusão de Arthur, a surpresa dentro da área do Vitória. Eram 43 minutos, o time de Renato fazia 2 a 0 e a crise de relacionamento se instalava de vez entre os jogadores do Vitória e seus torcedores.
Marcelo Grohe só teria trabalho nos acréscimos, ao defender chute de Uillian Corrêa. Outra prova da ineficiência de uma equipe que começa a dar passos decididos rumo à queda.
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Com David no lugar de Renê Santos, o jogador mais perseguido pelos torcedores, o Vitória ganhou em ousadia no segundo tempo. E descontou muito cedo. A 12 minutos, em escanteio da esquerda, Alan Costa venceu Thyere no alto, cabeceou e David, com um leve desvio, descontou.
De novo, valeu a maturidade do Grêmio para administrar uma situação que poderia se tornar perigosa. Renato trocou Lucas Barrios por Everton e, de novo, a modificação surtiu efeito positivo. Aos 17, Everton recuperou bola na esquerda e abriu para arremate potente de Ramiro: 3 a 1.
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