Renato Portaluppi faz a direção do Grêmio explicar o inexplicável. Sua ausência na delegação que foi à Brasília para enfrentar o Flamengo me parece sem justificativa. Ainda mais que se trata de um time, como se convencionou chamar na Arena, de alternativo. Seria importante, para os guris e os novatos que ganham oportunidade, contar o técnico ali perto, na beira do campo, observando-os em ação, percebendo seu temperamento e angústias.
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Ao decidir ficar em Porto Alegre, com os titulares, Renato deixa a direção numa saia-justa. Coube ao vice de futebol Odorico Roman justificar a ausência do treinador em um jogo espinhoso contra o Flamengo. Odorico até se esforçou. Mas não tem como explicar o inexplicável. Em sua tentativa, acabou escorregando e soltando a pérola de que a presença na beira do campo não dá ao técnico as condições oferecidas pela TV.
É verdade que a transmissão da TV, e ela cada vez fica melhor, oferece o lance em vários ângulos e repetidas vezes. O telespectador é um privilegiado. Mas ele não vê o mesmo jogo do técnico. Esse precisa de elementos que só quem está ali, a um passo do campo, consegue absorver.