O Caxias jogou mais do que o Grêmio. Mais com a bola e, principlamente, sem a bola. Por isso, venceu. O Grêmio sentiu o confronto com um adversário tão disposto. Luiz Carlos Winck mobilzou seu time. Fez seus jogadores entrarem em campo com a faca nos dentes. As disputas ríspidas, em alguns momentos acima do tom comprovam isso. E essa energia toda surpreendeu um Grêmio que ainda está em ritmo de início de temporada, mais arrastado.
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Mas a derrota não pode ser resumida apenas pela diferença no estágio físico dos dois times. O Grêmio se submeteu demais ao adversário e quase não o ameaçou. Pelo contrário, correu mais atrás dele do que o contrário. Outro fator preocupante da tarde em Caxias do Sul foram as falhas na bola aérea. O Caxias, além do gol, cabeceou outras três vezes apenas no segundo tempo. Esse havia sido um problema solucionado por Renato em 2016. O técnico precisará revisar a lição.
A nota positiva da tarde foi Bolaños. Entrou aos 40 do segundo tempo com disposição, ignorando o chamado tardio de Renato. Foi premiado com o gol. Quando um jogador ganha apenas cinco minutos (sem contar os acréscimos) é um excelente sinal. Por outro lado, Leonardo, o lateral, foi tímido outra vez e Pedro Rocha, como um atacante, não pode perder gols diante do goleiro como perdeu no Centenário.
Sobre o pênalti, vi e revi o lance. Kannemann pulou com braço erguido e, fazendo isso, criou o risco de a bola bater nele. E a batendo nele, é pênalti.