Gabriel Fernández quer ficar no Grêmio e brigará para seguir em Porto Alegre. Mesmo que, no início da tarde desta quarta-feira, o clube tenha divulgado nota oficial a desistência na contratação. Uma instabilidade no joelho esquerdo do atacante, verificada em exames clínicos, e a iminência de nova lesão confirmada na ressonância magnética levaram o Grêmio a abortar a negociação com o Racing-URU.
Na tarde da última terça-feira, os primeiros indícios de que o acerto poderia não acontecer apareceram no exame clínico. Ao realizar o teste, o próprio jogador estranhou a movimentação da parte frontal do joelho:
– Que estranho, como está mexendo – disse.
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Segundo Maurício Machado, intermediário na negociação, o Grêmio sabia que o jogador havia passado por cirurgia para reconstrução do ligamento cruzado anterior em abril de 2015. Mas como Gabriel Fernández atuava sem limitações desde o final de 2015, havia confiança de que os exames não apontariam qualquer problema. A ressonância magnética feita na noite de terça-feira, no entanto, revelou que havia danos no ligamento reconstruído.
Com o laudo da ressonância magnética à mão, o médico Felipe do Canto explicou a situação ao jogador e ao empresário. Inicialmente, os dois se assustaram com o diagnóstico, mas entenderam a situação. Machado e Fernández retornam ao Uruguai nesta quinta-feira. O atacante deseja ficar em Porto Alegre, trata a oportunidade como a chance de sua vida.
O Grêmio não descartará ajudar na recuperação de Fernández. No entanto, o clube não tomará nenhuma atitude se não for procurado pelo jogador ou seus representantes, autorizados pelo Racing-URU.
– O Grêmio torce para que Gabriel Fernández tenha plenas condições para desenvolver o futebol que levou o clube a se interessar por ele. Se for procurado, ajudaremos da forma possível – observou o vice de futebol Odorico Roman.
O atacante só se manteve em atividade no Uruguai, apesar da lesão, graças à sua fortaleza física. Não à toa, era chamado de El Toro. A musculatura da perna esquerda deu sustentação, protegeu a articulação e evitou que o ligamento operado fosse sobrecarregado.
O que o Grêmio desconhece é se o problema no ligamento surgiu em decorrência da cirurgia feita em 2015 ou de algum descuido na recuperação. No acordo inicial, o Grêmio pagaria cerca de U$ 1 milhão (R$ 3,2 milhões), parcelados, por 60% dos direitos econômicos. Ao final do ano, teria a opção de adquirir mais 10% por U$ 200 mil (R$ 640 mil).
Ao saber do desacerto, Peñarol e o Nacional-URU já procuraram o Racing-URU. Sem dinheiro, o clube uruguaio quer vender o jogador de 22 anos para conseguir viabilizar sua temporada.
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