Candidato de oposição à presidência do Grêmio, o ex-lateral Raul Mendes da Rocha, 52 anos, que foi revelado pela base do clube na década de 1980, confia que decidirá no pátio, com Romildo Bolzan, quem comandará o clube pelos próximos três anos.
Ao montar sua chapa, a de número dois, com os vices Fábio Koff Jr, Adalberto Aquino, Omar Selaimen, Airton Ruschel, Jorge Bastos e Pierre Gonçalves, aposta no apoio do ex-goleiro Danrlei junto aos sócios para se eleger. Entre suas principais promessas está a valorização do futebol do clube.
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Renato é o técnico da situação. É o seu também?
Técnico não tem dono, né. Se ele é bom, vai passar de mão em mão. A avaliação do técnico é em cima do resultado. E esta eleição passa pelo resultado. Nossa candidatura é para dar uma opção ao associado. O nosso Conselho de Administração foi montado com pessoas vocacionadas ao futebol, que é o centro nevrálgico do clube.
Qual é sua experiência em gestão esportiva?
Estou há 18 anos no Grêmio Náutico Gaúcho. Já fui vice-presidente de esportes, tive três gestões como presidente, e agora vice de novo. Aprendi a valorizar o associado. O Grêmio tem no futebol seu principal objetivo, por isso os sócios pagam mensalidade. É importante valorizar a vocação do clube. Quando você faz isso, suas chances de acerto são maiores.
O nome do vice de futebol já está definido?
O nome ainda tem de passar no Conselho de Administração e, no momento oportuno, será divulgado. Mas será uma pessoa que entenda de futebol. Que tenha um bom executivo, que não vai ter o problema de ter que explicar o que a gestão está querendo. O vice, se quiser ter um ou dois diretores, sem problemas. Mas tem que funcionar.
Na sua gestão, a prioridade será do futebol ou das finanças?
Temos de ser inteligentes na hora de contratar. Avaliar e reavaliar processos de contratações. Estou vendo de fora, mas a gente percebe que não existe muito critério. Chegam jogadores que nunca ouvi falar, pela mão de determinada personalidade. Nossa ideia é criar processos de certificação. Queremos errar menos nos gastos de contratações. Aí você valoriza seu dinheiro.
A compra da Arena será usada como fato político pela situação?
Acredito que isso não vai ser apresentado novamente como argumento de boa gestão. Sem qualquer crítica. Mas, nestas cartas na manga, o torcedor não cai mais. O torcedor está atento. Tem que ser direto, objetivo. A nossa tarefa é fazer uma análise. Vale a pena o Grêmio assumir a administração? Vamos fazer esta análise, se é viável assumir a gestão ou não é.
Você espera contar com o apoio de Fábio Koff pai?
Temos recebido o apoio espontâneo das pessoas. No momento certo, ele se posicionará. Se não estiver à favor, cada um tem sua preferência. O Fabinho Koff é desvinculado umbilicalmente do pai. O Fábio Koff foi o presidente com as maiores conquistas do Grêmio. É claro que, se tiver o apoio dele, do Cacalo, facilita. Se eu fizer metade do que eles fizeram, já estou no lucro.
O Danrlei foi convidado para ser vice em sua chapa?
Ele seria um dos vices. Mas tem o impedimento de sua atividade política. Para concorrer, o presidente e quatro vices têm de ter 10 anos como sócio. E dois vices podem ter dois anos. Ele poderia ser vice, é sócio há cinco anos. Na próxima eleição, ainda não poderá concorrer a presidente, estará com oito anos. Mas ele não está preocupado com isso.
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