A vítima de outra péssima atuação do mineiro Sandro Meira Ricci foi o Grêmio e na sua casa. Ele encontrou um pênalti na 10ª rodada noturna do Brasileirão. Só ele viu. Na sequência, segundos depois, expulsou injustamente o zagueiro Bressan.
Com 10, o Grêmio afundou, o Vitória fez 2 a 0, apesar do intenso trabalho coletivo tricolor no segundo tempo. Luan, outra vez, jogou demais no 2 a 1 final.
No domingo passado, em Florianópolis, o Inter tombou com um pênalti que só o paulista Luiz Flávio de Oliveira viu. Ele, só ele.
Oliveira, como Ricci, carregam escudos Fifa. São queridinhos da CBF. A CBF tem a liderança de Marco Polo Del Nero, nefasto nome, torcedor do Palmeiras, primeiro na tabela do Brasileirão. Não há ética na CBF.
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A dupla Gre-Nal será dilapidada pelas arbitragens nas próximas rodadas. Outros clubes também sofrerão. Os árbitros vão falhar em sequência. Exibir fragilidades e despreparo. Ricci vai voltar. Outros Ricci atacarão. Não há como fugir. Reclamar na CBF é o mesmo que tentar dialogar com uma porta.
Ricci é uma estrela, alguém disse. Foi árbitro na Copa do Mundo do Brasil de 2014. Estará na Rússia em dois anos. É prepotente. Imagina que está cima do espetáculo. É um árbitro que os jogadores e dirigentes brasileiros não gostam. Ele erra demais, especialmente contra os times que não são de São Paulo ou do Rio Janeiro. Não ganha atenção da CBF. Nem será chamado para uma boa conversa, uma reciclagem, um curso, uma pausa. Nada.
Ricci arruinou o Grêmio na Arena numa noite de inverno. Pegou três pontos. Roger Machado ajudou. Deu uma força. Como navega sozinho na Arena, age sem dar explicações aos dirigentes. Insistir com Bressan, Ramiro e Marcelo Oliveira é pura teimosia. Escalar Negueba e deixar Lincoln de fora é puro acinte.
Quando precisa ousar, quando o adversário é o Vitória, quando o jogo é na Capital, Roger se apresenta com um velho conservador. Roger precisa de auxílio.
Negueba, Bressan, Marcelo Oliveira, Schuster, Fred, Kadu, Edinho, Ramiro... Árbitros erram, mas contratar mal é um vício na Arena.