O Grêmio deixou a Libertadores pela porta dos fundos. Goleado pelo Rosario Central por 3 a 0, dois gols de Marco Ruben e um de Donatti, o time de Roger foi eliminado com uma atuação lamentável, recheada de erros defensivos. Agora, o foco se volta à estreia no Brasileirão contra o Corinthians, em 15 de maio.
Durante a semana, Roger Machado dizia que o Grêmio teria de mudar sua postura para encarar o Rosario Central na Argentina. Só que o roteiro da Arena se repetiu no Gigante de Arroyito. E foi até pior. O nervosismo, os erros de passe e as falhas na defesa foram mortais, novamente. O time argentino imprimiu seu jogo de marcação intensa, emparedando o Grêmio desde o início.
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O primeiro golpe da noite foi do goleador Marco Ruben. Ele, que já havia sido o destaque do jogo de ida, marcando o gol da vitória argentina em Porto Alegre, sobrou em campo. E, logo a quatro minutos, tratou de abrir o placar. Foi quando Montoya avançou com liberdade pela direita, superando a marcação de Walace, e levantou a bola na área. Aí Ruben, bem posicionado – às costas de Fred, desatento no lance –, antecipou-se para desviar de Grohe, que falhou na defesa, empurrando a bola para a rede.
A exemplo do jogo na Arena, os jogadores do Grêmio se abateram com o gol sofrido. A superioridade do Rosario se explica também pela dinâmica de seus volantes, Musto, Montoya e Fernández, que marcaram à exaustão no meio-campo. Ao passo que Walace e Maicon pouco se entendiam. Não só erravam passes como também cometiam faltas desnecessárias.
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O Grêmio até tentou investidas no ataque pela direita, em combinações de Ramiro e Luan. No entanto, esbarravam em Pinola, o zagueiro convertido em lateral-esquerdo por Eduardo Coudet. Aos 18, na melhor chance gremista, Ramiro cruzou para Giuliano, dentro da área, que cabeceou para grande defesa de Sosa.
Quando dava alguma mostra de que podia se recuperar, o Grêmio levou o segundo golpe. Duro, em especial, para o técnico Roger, que havia apostado na entrada de Marcelo Hermes na equipe, deixando o xará Oliveira no banco. E foi justamente o lateral-esquerdo que cometeu pênalti infantil sobre Cervi, que havia ingressado área adentro na base do drible. Na cobrança, aos 23 minutos, o goleador Ruben mandou um chute forte, no ângulo esquerdo, sem chance alguma para Marcelo Grohe.
O Grêmio se encolheu ainda mais com o gol. Sem liderança em campo, mostrava-se um time nervoso, sem poder de reação. O Rosario, com marcação compacta, não dava espaços para o time de Roger avançar com a bola. O único lance em que o Grêmio conseguiu avançar com a bola no pé ocorreu aos 42 minutos, quando Luan dominou pela esquerda e serviu Marcelo Hermes, que arriscou para fora.
No segundo tempo, Roger voltou com Pedro Rocha no lugar de Douglas. Mas pouco mudou. O Grêmio mantinha uma postura morosa, tocando a bola de lado. Não demorou muito, o Rosario ampliou, mais uma vez, pela bola aérea. Aos 12, Cervi cobrou escanteio na cabeça de Donatti, que cabeceou com força, vencendo Geromel, para balançar a rede de Marcelo Grohe.
Já nocauteado, o Grêmio pouco resistia. A entrada de Bobô no lugar de Bolaños em nada mudou a postura da equipe. O Rosario seguia com maior volume e por pouco não ampliou aos 25 e aos 27 minutos, com Marco Ruben. Em uma noite em que nada deu certo, o time de Roger sofreu sua terceira eliminação no ano. E pode ter uma série de mudanças na direção para o restante da temporada.
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