Mesmo que já treine com o grupo do Grêmio, Miller Bolaños ainda não está 100% recuperado das duas fraturas que sofreu na mandíbula. O equatoriano precisa ganhar dois quilos e não consegue mastigar – por isso, só ingere alimentos pastosos. Ainda assim, deve ficar no banco contra o Juventude, nesta quinta-feira. Em sua entrevista coletiva, o técnico Roger Machado projetou o retorno do atacante ao grupo para a primeira partida da semifinal do Gauchão.
Mesmo liberado pelo departamento médico, o atacante tem dificuldades para se alimentar. Segue uma dieta orientada pela nutricionista do Grêmio, Katiuce Borges, para voltar ao peso de 68 quilos que tinha antes da cirurgia. Segundo o médico Paulo Rabaldo, Bolaños já recuperou três dos cinco quilos que emagreceu no período.
– Ele já era um cara magro. E perdeu boa quantidade de massa muscular. Como ainda tem problemas para se alimentar, por ter restrições na movimentação da mandíbula, não consegue ingerir alimentos sólidos. Mesmo assim, precisa repor nutrientes e proteínas para aumentar sua massa muscular – explica Rabaldo, que considera Bolaños 80% recuperado.
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No entendimento da comissão técnica, o momento é de priorizar a "recuperação psicológica" do atacante. Passados 40 dias da cirurgia para reconstruir a mandíbula, fraturada pelo lateral-direito William, do Inter, no último Gre-Nal, Bolaños trabalha para recuperar a confiança em campo. Nos treinos que fez até o momento no gramado do CT Luiz Carvalho, visivelmente evitou jogadas mais ríspidas com os colegas. O receio do jogador é que um choque mais forte possa atrasar sua volta ao time.
– Esta parte psíquica, da autoestima, é uma variável muito importante para o retorno dele. O Bolaños treinar com os colegas, em um ambiente mais controlado, é uma coisa. Ir para o enfrentamento com uma equipe adversária é algo bem diferente. Temos que ter muito cuidado para lançá-lo no momento em que estiver mais confiante – diz o médico gremista.
Até por isso, Bolaños deve ser relacionado para encarar o Juventude. A comissão técnica pretende reintegrar o atacante à rotina do grupo o mais rápido possível. Mesmo que não entre em campo no domingo, o simples fato de ficar no banco ajuda a consolidar sua recuperação.
– Mesmo estando um pouco abaixo do ideal, a gente libera para que ele comece a pegar ritmo de jogo. Para quem está se recuperando, concentrar e encarar esta rotina junto aos colegas é muito importante – completa Rabaldo.
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